Redação
O Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) coloca Divinópolis, mais uma vez, em estado de alerta contra o mosquito transmissor da dengue. O índice é 50% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. De 2012 para 2013 a cidade enfrentou uma das piores crises. Foram 6.950 casos de dengue notificados, 5.994 confirmados como dengue clássica, quatro com complicações e duas mortes.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (04) pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), através da diretoria de Vigilância em Saúde. O trabalho foi realizado no período 29 de outubro a 01 de novembro e teve como objetivo analisar o índice de infestação do mosquito por região do município, quais os recipientes predominantes utilizados pelo mosquito para seu desenvolvimento e, com o resultado, buscar as possibilidades de controle para se evitar nova epidemia de dengue já neste final de ano e em 2014.
Levantamento
Neste levantamento foram visitados 5.090 imóveis e o Índice de Infestação médio do município foi de 1,1%, que significa um parâmetro de risco médio para epidemia ou situação de alerta de acordo com o Ministério da Saúde. As regiões Nordeste (2%), Norte (1,4%), Central (1,3%) e Sudeste (1,2%) encontram-se em situação de alerta e as Sudoeste (0,9%) e Oeste (0,8%) no parâmetro satisfatório.
Mais uma vez o resultado do LIRAa constatou que 91,4% dos focos foram encontrados dentro das residências e 8,6% em lotes vagos. A diretora de Vigilância em Saúde, Celina Pires, destacou a importância da participação da população o combate ao mosquito.
“Esses dados demonstram que a população precisa participar de maneira mais efetiva do controle do mosquito. O resultado do trabalho demonstra que a tomada de atitude e da mobilização de todos tem que começar neste momento e não esperar o aumento do número de casos da doença e sem a participação da população não há como se obter um sucesso” reforçou.
O número expressivo de 75% das larvas do mosquito foi encontrado em depósitos removíveis (plásticos, garrafas, latas, entulhos, vasos/pratos de plantas, bebedouros de animais e pneus), 20,3%: lajes, calhas, piscinas, ralos, caixas de passagem e fontes ornamentais e 4,7%: reservatórios de água (caixas d’água, tambores e tanques).