Vereadora alega que as empresas contratadas, na verdade, são constituídos por pessoas do mesmo quadro societário

A vereadora de Divinópolis Lohanna França (PV) apontou, nesta quarta-feira (18/5), indícios de formação de cartel entre as empresas contratadas para compra de itens para a Secretaria Municipal de Educação. A parlamentar é relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura gastos da pasta em dezembro do ano passado.

Ela alega que as empresas contratadas, na verdade, são constituídos pelas mesmas pessoas do quadro societário. Este é o caso, segundo a vereadora das empresas Edutec e Consórcio HC. Ambas foram contratadas para a compra de mobiliários por meio do Consórcio Intermunicipal da Área Mineira da Sudene (CIMAMS).

Em um exemplo, Anderson Teixeira aparece como sócio das duas empresas que tem em seu quadro societário outras empresas. Ele também é sócio de uma dessas empresas, a ATC. 

Já André Stoinski aparece como sócio da Edutec e também da Polibox que integra o quadro societário da Edutec. A polibox, por sua vez, também integra o quadro societário do Consórcio HC.

Veja a imagem ilustrativa apresentada pela vereadora:

 

O vereador Ademir Silva (MDB) – requerente e membro da CPI, ao entregar seus relatórios, afirmou que constatou que empresas integrantes dos consórcios que em tese, são concorrentes como fornecedoras, na prática, funcionam próximas uma da outra, em endereços suspeitos; “sendo um, de uma casinha muito humilde e outra empresa, o endereço citado é um lote vago, vizinho de tal moradia”, disse.

O vereador disse ainda que, ao ligarem para a empresa localizada na “tal casinha”, indagando da outra empresa registrada no lote vago, o funcionário desligou o telefone sem nada falar.

Outro ponto de destaque na reunião da CPI, desta terça-feira, foi o posicionamento de Lohanna França, contrário a um ofício da Procuradoria da Prefeitura de Divinópolis, exigindo explicações da mesma sobre seu pronunciamento na reunião da Câmara nesta última terça-feira (17/5) e solicitando cópia de tal fala.

De acordo com a parlamentar, a correspondência do Executivo é intimidatória à CPI e vai também contra à sua imunidade parlamentar, ao tentar restringir sua fala feita no Plenário.

Também foi lido e indeferido na reunião um ofício do vereador Edsom Sousa que propunha a convocação para depoimento, de jornalistas que haviam feito matéria sobre a CPI. A negativa se baseou no fato de que as matérias publicadas simplesmente haviam narrados os fatos de conhecimento público, supostamente praticados pelos integrantes do Executivo, que já estão sendo convocados para dar explicações.