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Lohanna França questiona decisão da câmara de não realizar audiência pública (Foto: Luiz Santana/ALMG)

Parlamentar destaca a importância da transparência na implementação do aterro sanitário e da Unidade de Valorização de Resíduos (URV)

A deputada estadual Lohanna França (PV) pediu maior atenção da Câmara de Divinópolis em relação à possível implementação de um aterro sanitário e de uma Unidade de Valorização de Resíduos (URV) na cidade. A parlamentar se pronunciou nesta quarta-feira (14/8), após a Câmara se recusar a realizar uma audiência pública para debater o assunto.

Câmara de Divinópolis Alegou Proximidade Eleitoral para não realizar audiência sobre aterro sanitário

A Câmara justificou a decisão pela proximidade com o período eleitoral. A audiência pública havia sido proposta a pedido da população pelo vereador Flávio Marra (PRD) e assinada pelo vereador Lauro (PDT). Lohanna, vereadora mais votada da atual legislatura, estranhou a atitude.

“O presidente da Câmara, que eu quero acreditar que não está atendendo aos serviços, à vontade, ao desejo do prefeito Gleidson Azevedo (Novo), proibiu a realização da audiência pública, dizendo que poderia haver um risco de utilização eleitoral do espaço da Câmara. Isso não existe! Se os parlamentares ficassem proibidos de exercerem sua função de fiscalização e legislação, teríamos nosso mandato suspenso no período eleitoral.”

Precedentes de Atividades Legislativas Durante Períodos Eleitorais

Lohanna ressaltou que, durante seu mandato como vereadora, participou da CPI da Educação mesmo em período eleitoral, indicando que a justificativa da Câmara é insustentável.

“Inclusive, a conclusão da CPI da Educação ocorreu durante o período eleitoral, enquanto eu era vereadora e fui relatora da CPI. Além disso, aqui na Assembleia, tivemos várias audiências que aconteceram no período eleitoral, questionando o Governo do Estado. O que prova que esse argumento não se sustenta.”

Importância da Transparência e Participação Popular

A deputada defende a transparência no processo e enfatiza a necessidade de considerar os impactos ambientais e sociais da implementação do aterro sanitário e da URV. Ela faz um apelo para que a Câmara atenda ao pedido da população:

“Faço aqui um apelo público para que a Câmara de Divinópolis não vire as costas para sua obrigação de discutir, como líder da região Centro-Oeste, os impactos dessa questão e o peso que temos ao decidir a área, a tarifa e qual será o modo de gestão desse lixo de 33 municípios.”