Ela ainda relatou falta de medicamentos, assim como espera por atendimento especializado que pode levar mais de um ano
Neide Aparecida da Costa, mãe de uma criança com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), denunciou, nesta terça-feira (23/4), a precariedade da educação inclusiva em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas. Com educadores assistenciais em falta, ela diz que a função tem sido desempenhada por estagiários.
“Estão colocando estagiários para acompanhar as crianças. Isso é um absurdo. Do que adianta colocar as crianças para estudar e não dar o mínimo de estrutura? A educação inclusiva está precária. As famílias e as crianças pedem por ajuda. Precisamos que as autoridades nos ajudem com recursos para dar mais assistência a essas crianças”, afirmou ao usar a tribuna livre da Câmara de Divinópolis.
Educação inclusiva em Divinópolis
A denúncia se estende a toda rede pública. Faltam profissionais nas escolas municipais, assim como nas estaduais. O filho dela está matriculado na rede estadual. Lá, ela denuncia falta de preparo dos educadores.
“Meu filho está sem aula, por que eu não vou mandar ele. A pessoa que trabalha dentro da escola falou que ele apanha pouco pelo comportamento dele. Que ele vai apanhar mais. Como que eu mando uma criança para a escola desta forma?”, indagou lamentando a situação.
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Saúde
Acompanhada de outras mães que assistiam ao pronunciamento no plenário, ela destacou, em seguinda, o alto custo associado a uma criança com necessidades especiais.
“Incluindo médico, terapia, bem como equipamentos especializados pode ser significativo e colocar pressão financeira sobre as famílias”, enfatizou.
Conforme Neide, as famílias enfrentam dificuldades até mesmo para conseguir medicamentos.
“Vou à farmácia em busca de medicamento e não tem. Sempre em falta, os medicamentos são caros”, denunciou.
Um dos medicamentos de uso contínuo do filho dela, por exemplo, tem custo médio de R$ 300. Para conseguir pela saúde pública, de acordo com Neide, ela acionou a justiça. Na saúde, este é apenas um dos problemas.
“A fila de espera por atendimento especializado, neurologista, psicólogo, fonoaudiólogo, entre outros, é gigantesca. Ficamos aguardando por anos. Com isso, o quadro da doença só agrava. Ficando assim, cada dia mais difícil”, relatou.