Mãe: sem “blá blá blá” de militância

Minas Gerais
Por -11/05/2025, às 06H00maio 9th, 2025
dia das mães
Foto: Arquivo pessoal

“Muitas mulheres são exemplares, mas você a todas supera.”
— Provérbios 31:29

Em tempos de debates acalorados sobre o papel da mulher na sociedade, a figura da mãe permanece como uma força silenciosa e insubstituível. Muito se discute sobre a exaustão materna, a sobrecarga emocional e a desvalorização dessa jornada — temas legítimos e urgentes. No entanto, há uma dimensão que continua inatingível por estatísticas ou discursos ideológicos: a grandiosidade do amor de mãe.

Ser mãe é experimentar o “difícil” em sua forma mais intensa. É enfrentar medos, noites mal dormidas, expectativas frustradas — e ainda assim seguir em frente, com o coração fora do peito. É tornar-se múltipla, aprender a ser colo, proteção, bússola e porto seguro. E depois, paradoxalmente, aprender a deixar ir.

A maternidade carrega um poder quase mágico: o de transformar qualquer mulher em super-heroína aos olhos de um filho. Não é uma romantização cega, mas o reconhecimento de que há beleza também na entrega. Mesmo nos dias de caos, entre tarefas acumuladas e desafios cotidianos, há um amor que não pede nada em troca — e por isso mesmo, é infinito.

Em uma época em que discursos prontos tentam enquadrar o papel materno em definições estreitas, é preciso reafirmar: não há modelo único para ser mãe.

Mas há algo que todas compartilham — um amor que desafia as palavras e que, por mais clichê que pareça, continua sendo o maior do mundo.

Mãe: para você muitas cartinhas

Neste Dia das Mães, que o reconhecimento vá além das flores. Que venha em forma de respeito, acolhimento e compreensão profunda de tudo o que ser mãe representa.

Mas, sendo sincera, que venha — para além de tudo — em forma de abraços de urso, beijinhos e aquele olhar que faz de você a pessoa mais especial do mundo. Que venha com muitos “mãeeee” ao longo do dia, com pedidos de colinho e cafuné. Com aquela cartinha rabiscada que, para nós, é a mais perfeita “obra de arte”. Porque, para cada momento difícil, há sempre uma compensação imensurável.

E, que tudo isso se repita dia após dia, nas variáveis que os anos trazem.