Manifestação pede justiça por criança que morreu na UPA
Familiares e amigos protestaram na porta da unidade em Divinópolis. Foto: Amanda Quintiliano

Familiares e amigos protestaram na porta da unidade em Divinópolis

No final da tarde desta sexta-feira (03/05), uma comoção tomou conta da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) – Padre Roberto, em Divinópolis, onde familiares e amigos se reuniram para protestar contra a morte precoce de Thallya Beatriz, uma criança de apenas 4 anos. Thallya veio a óbito na última sexta-feira (26/04).

Explicações e justiça

Os manifestantes exigiram explicações e justiça diante da perda prematura da menina. Utilizando cartazes, balões brancos e clamores por respostas, os presentes expressaram sua indignação e dor diante do ocorrido.

A morte de Thallya gerou uma onda de comoção no município, os familiares e amigos da vítima buscam respostas sobre as circunstâncias que levaram ao falecimento da criança, esperando que as autoridades competentes conduzam uma investigação minuciosa para esclarecer os fatos.

Entenda o caso

Uma tragédia abalou a cidade de Divinópolis, na região Centro-Oeste de Minas, com a morte de Thallya Beatriz, uma criança de 4 anos, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Padre Roberto Cordeiro Martins. O caso ocorreu na última sexta-feira (26/04), após a menina ser atendida na mesma unidade dias antes e liberada para casa.

Segundo informações dos pais, Thallya foi levada pela primeira vez à UPA na quarta-feira (24/04) apresentando dor na perna e inchaço no olho. Após ser submetida a exames e raio-x, ela recebeu soro e dipirona intravenosa e foi enviada para casa com uma prescrição de amoxicilina. Dois dias depois, a criança retornou ao pronto-socorro em estado grave, suando intensamente, e veio a falecer pouco tempo após ser atendida.

O Instituto Brasileiro de Políticas Públicas (Ibrapp), que administra a UPA, confirmou que Thallya foi atendida na pediatria em cerca de 15 minutos após sua chegada, mas não resistiu. Exames realizados anteriormente não haviam identificado qualquer anormalidade.

A UPA enfrenta uma crise de superlotação, agravada por surtos de dengue e doenças respiratórias, chegando a registrar uma ocupação pediátrica de 300% nos dias que antecederam o incidente. A prefeitura de Divinópolis declarou que a região passa por uma “gravíssima situação”, com ao menos 16 crianças aguardando transferência para hospitais no momento da tragédia.

Em nota, a prefeitura expressou seu pesar pela morte da pequena Thallya e anunciou que está buscando leitos em hospitais da rede privada para aliviar a pressão sobre a UPA. Além disso, a administração municipal informou que irá realizar uma análise detalhada do caso de Thallya para compreender melhor as circunstâncias de sua morte e prevenir futuros incidentes.