Vereador diz ter dado ao denunciado oportunidade de explicar acusações, dentre elas contra os parlamentares
A denúncia de infração política-administrativa contra o vereador de Divinópolis, Diego Espino (PSC) forçou o prefeito Gleidson Azevedo (PSC) a tomar partido. O denunciante, o vereador Flávio Marra (Patriota) que sempre protagonizou vídeos ao lado de Azevedo, o acusou de articular de “maneira maldosa”, para que a denúncia – com risco de cassação de mandato – não fosse para frente.
A admissibilidade da denúncia foi aprovada por nove votos nesta terça-feira (12/4).
“O próprio prefeito articulou de maneira maldosa para que vereadores votassem a favor do vereador arrolado no processo. A gente fica muito triste com tudo isso”, declarou em pronunciamento.
Usando uma frase já dita pelo prefeito, Marra afirmou que “quem não deve, não teme”. Enfatizou que essa é a oportunidade para Espino explicar os fatos elencados na denúncia.
“Qual crime? Qual vereador? Essa Casa deu a ele a oportunidade de se explicar. Você falou que vereador tem que sair de lá (câmara) preso. Então, estamos te dando a oportunidade de se explicar”, comentou o denunciante.
Para Marra a admissibilidade da denúncia não é “vitória pessoal”. Que não se elegeu com o intuito de “cassar mandatos”, porém não “viu outra saída”.
“Várias representações à corregedoria de ética foram feitas. Não só por mim, mas por outros. A última com a assinatura de nove dos 17 vereadores (…) Não vi saída mediante a comissão de ética não ter tomado uma postura”, enfatizou, dizendo que quem levou os casos à corregedoria esperava respostas.
“Ele coagiu meu assessor, coagiu servidores dessas casas, tenho prova de tudo (…) Diante de tudo isso que ele falou, que apresente. A gente não votou para cassar ou não, votou para aceitar a denúncia. A nossa liderança maior fala que quem não deve não teme”.
Marra ainda mencionou os votos contra a admissibilidade.
“Teve vereador que assinou para a corregedoria e hoje votou contra. Por que? Respeito cada vereador que votou de acordo com sua consciência ou não”, citou.