Marreco disse que irá liberar informações telefônicas se o mesmo pedidos for feito para todos os vereadores (Foto: Helena Cristino/CMD)

Marcelo reafirmou que eles foram até a casa dele com decreto de nomeação em mãos para impedir que ele fizesse denúncias contra o prefeito

Marcelo Lopes

Os depoimentos da secretária de administração, Raquel Oliveira e de Governo, Roberto Chaves foram contestados, nesta terça-feira (14), pelo responsável pelas denúncias de “negociata de cargos” na Prefeitura de Divinópolis, Marcelo Máximo. Marreco, como é conhecido, reafirmou que a minuto do decreto de nomeação foi entregue por eles em visita a casa dele.

As oitivas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga indícios da prática de atos lesivos ao interesse público por parte do Poder Executivo foram realizadas nesta segunda-feira (13). Os secretários negaram terem entregue a minuta do decreto e afirmaram terem ido para ouvir o denunciante sobre “insatisfações”. Ambos foram acompanhados do editor do Divinews, Geraldo Passos.

Em entrevista ao PORTAL Marrco ironizou:

“Então eles não foram na minha residência para fazer a “dança do Marreco” e sim para mostrar o decreto. Foram eles que me mostraram o decreto, tirei uma foto do documento, dentro do carro, mas já que Raquel e Roberto estão falando que não foram eles, às vezes foi a cegonha, um casal de cegonhas com um filhote que levaram para mim”.

Ameaça

Nos depoimentos, Raquel e Roberto também disseram que no fim da conversa com Marcelo, o mesmo havia dito que “Galileu e a família iriam pagar”, em um tom de coação. Marreco também negou que tenha coagido os depoentes, mas sim que eles queriam o impedir de fazer as denúncias.

“A única coisa que eles pediram foi para eu não usar a tribuna e o decreto já estava na mão deles, a ordem de me colocar na Prefeitura, assim como eu vi o meu nome no documento escrito errado, como vi que os procuradores do município não assinaram. Vi que eles estavam querendo me enganar, me fazer de bobo. Quem me coagiu foram eles (…), aliás eu tinha era que ter chamado a polícia na hora e íamos responder todos lá na cadeia, aí não precisava de CPI, nada disso”, declarou.

Andamento das investigações

Ao ser perguntado sobre o prosseguimento das investigações, Marreco disse que está disposto para uma acareação com Roberto Chaves e Raquel Oliveira e disse que os depoentes mentiram durante as oitivas.

“Vejo que eles mentiram em tudo. Agora tem que ver esta “realidade” nesta CPI, porque no início, fui o primeiro a ser ouvido. Vários vereadores, inclusive os que compõem a comissão, me indagaram, dizendo que eu sou um mentiroso, que fiz montagem e agora tem um laudo nas mãos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, relatando que, pela perícia, não houve edição”, finalizou.