Prefeitura de Divinópolis não repassa recursos há dois meses; Profissionais buscam alternativa até a data
Como antecipado com exclusividade pelo PORTAL, os médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) podem entrar em Operação Tartaruga a partir da próxima quinta-feira (29). A informação foi confirmada pelo superintendente, José Geraldo Alves, nesta terça-feira (27).
A possibilidade foi antecipada pela vereadora Janete Aparecida (PSD) na semana passada. Os honorários médicos estão atrasados há dois meses e caminha para o terceiro. As duas notas fiscais já vencidas totalizam cerca de R$ 1 milhão.
O superintendente da unidade defendeu o diálogo e disse esperar uma reação da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) até a data apresentada pelos médicos.
“Nosso intuito é buscar, através do diálogo, uma forma de repasse pelo município. Se ele passar uma nota já é um começo”, afirmou, dizendo que, diante dos atrasos, o movimento já era esperado.
“A gestão gostaria que este movimento não acontecesse, mas está com dois atrasos, já vai para o terceiro, então era esperado”.
Mobilizações
Ao PORTAL Alves disse que tem se mobilizado em busca de alternativas, apesar da responsabilidade pelo repasse ser do município e não da Santa Casa de Formiga – responsável pela gestão.
“Não só eu, agentes políticos estão buscando um caminho, porque a UPA é a única porta aberta de urgência e emergência e acaba sendo um hospital”.
A Assessoria de Comunicação da Prefeitura confirmou o recebimento da carta assinada pelo diretor clínico, Rodolfo Monteiro Barbosa e pelo Presidente da Comissão de Ética, Giovanni Caldeira Higino. Ela foi recebida às 15h25 desta segunda-feira (16) comunicando que seriam atendidos, a partir das 07h daquela data, apenas os pacientes classificados como amarelo, laranja e vermelho pelo Protocolo de Manchester.
Seguindo o prazo previsto em lei, o comunicado deve ser feito com 72 horas de antecedência. Por isso, a paralisação deve ocorrer a partir de quinta, caso não seja viabilizado o valor para pagar os profissionais.
Ao PORTAL a prefeitura disse que busca junto ao governo de Minas dinheiro para quitar os salários.
Histórico
Neste mesmo período do ano passado os médicos adotaram a restrição de atendimentos por falta de pagamento. A situação só foi controlada com a liberação de uma emenda de R$1 milhão do deputado federal, Domingos Sávio (PSDB) que viabilizou o pagamento.
