Poliany Mota

  

Floramar abriga mais que o dobro de sua capacidade (Foto: Vinícius Luz)

Floramar abriga mais que o dobro de sua capacidade (Foto: Vinícius Luz)

Com a interdição da cadeia pública de Carmo do Cajuru, vinte e nove presidiários foram transferidos para Divinópolis, vinte homens e nove mulheres. Alguns ficarão no Floramar de forma provisória, entretanto, outros vão ficar definitivamente.

 

O presídio Floramar foi projetado para receber 277 presos, porém, atualmente abriga 569, ou seja, mais da metade de sua capacidade total. De acordo com a Assessoria de Comunicação da Defesa Social de Minas Gerais, já começaram as obras para a ampliação da unidade em 306 novas vagas, com investimento de cerca de R$ 10 milhões. A previsão é que elas estejam disponíveis em 2015. Na região, ainda está prevista a construção de uma unidade prisional feminina em Pará de Minas, com capacidade para 407 detentas.

 

Enquanto não são construídas as novas vagas no Floramar, os presidiários que saíram de Carmo do Cajuru sob a alegação de que a unidade sofria de superlotação, continuam enfrentando o problema, só que agora em Divinópolis.

 

Desocupação da cadeia pública de Carmo do Cajuru

 

O Termo de Devolução do imóvel cedido pela prefeitura foi assinado na semana passada. Com auxílio da Câmara Municipal, autoridades Estaduais e Federais e da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), foram feitas audiências públicas, requerimentos endereçados à Secretaria de Defesa Social e também ao governador do Estado.

 

“Para nós, o dever foi cumprido. A cadeia não estava em condições de abrigar tantos detentos e, além disso, a estrutura estava totalmente comprometida. Desde o início do mandato essa era uma de nossas preocupações. Junto com parceiros conseguimos dar mais dignidade aos que ali estavam”, comentou o prefeito municipal José Clarete Pimenta.

 

O presídio foi interditado por ordem judicial, devido à superlotação, má localização, falta de estrutura física e pessoal. A ação contou com a ajuda do Ministério Público, em parceria com a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi). Além de Divinópolis, Formiga e Pará de Minas receberam presidiários de Carmo do Cajuru.

 

“Quem fazia a segurança do local era a Polícia Militar (PM), no lugar de agentes. O policial que prendia era também o que mantinha contato direto com o preso. Por este motivo, muitos acabam sendo ameaçados, atrapalhando a rotina do profissional”, afirmou o delegado da Polícia Civil, Domingos Sávio Calixto.

 

De acordo com a prefeitura de Carmo do Cajuru, com a desocupação do imóvel, o espaço ficará a cargo da administração, que já propôs para o Secretariado que os mesmos avaliem possíveis projetos a serem desenvolvidos no local.