Medida busca conter surtos da doença em adultos e reduzir internações; imunização será feita em duas doses com intervalo de seis meses
O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (2) a ampliação da vacinação contra hepatite A para usuários de PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV). A decisão visa conter surtos da doença na população adulta e acompanhar as mudanças no perfil epidemiológico da infecção.
Mudança no cenário da doença
Desde 2014, quando a vacinação infantil contra hepatite A foi incluída no Calendário Nacional de Imunização, os casos da doença migraram para adultos. Agora, a estratégia do governo é imunizar 80% dos mais de 120,7 mil usuários de PrEP cadastrados no SUS, grupo que apresenta maior risco de infecção.
A hepatite A, embora geralmente benigna em crianças, pode causar complicações graves em adultos, incluindo internações e óbitos. Por isso, a expectativa é que a ampliação da vacinação reduza significativamente esses números.
- PF apreende R$ 500 mil em operação contra o tráfico de drogas em Belo Horizonte
- Prefeitura reforça transporte coletivo durante a DivinaExpo 2025
- Acidente entre dois carros deixa mulher ferida na MG-050
- Domingos Sávio defende anistia: Prenderam um idoso inocente de Divinópolis
- Operação “7ª RPM Mais Segura” resulta em prisão e apreensão de drogas em Lagoa da Prata
Como funcionará a vacinação?
- Duas doses com intervalo de seis meses;
- Exigência de receita médica que comprove o uso da PrEP;
- Aplicação em serviços de referência onde os medicamentos são retirados.
Relação entre hepatite A e práticas sexuais
Embora a principal forma de transmissão do vírus seja fecal-oral, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou, em 2016, para o aumento de casos associados a práticas sexuais. No Brasil, surtos foram registrados em 2017 em São Paulo, com 786 casos e duas mortes, principalmente entre homens que fazem sexo com homens (HSH) – perfil que hoje corresponde a 80% dos usuários de PrEP.
Estratégia de controle
“A ampliação da vacinação é um passo importante para reduzir a circulação do vírus e proteger grupos vulneráveis”, afirmou a pasta em nota.
O Ministério da Saúde destacou que ações específicas de vacinação já ajudaram a controlar surtos anteriores. A nova medida reforça a prevenção integrada, aliando a proteção contra o HIV e a hepatite A.
Com informações da Agência Brasil.
