Parceria entre Butantan e Valneva impulsiona produção de imunizante de dose única
O Ministério da Saúde confirmou nesta semana que solicitará a incorporação da vacina contra chikungunya ao Sistema Único de Saúde (SUS). Desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório francês Valneva, a vacina recebeu registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e será submetida à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) para análise imediata. A decisão marca um avanço no combate às arboviroses, doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, que já registrou 68,1 mil casos e 56 mortes no Brasil em 2024.
Vacina de dose única e tecnologia internacional
Aprovada anteriormente pela FDA (EUA) e pela Agência Europeia de Medicamentos, a vacina utiliza tecnologia recombinante atenuada e será aplicada em dose única para adultos acima de 18 anos com alto risco de exposição ao vírus. Gestantes e imunossuprimidos, no entanto, não poderão receber o imunizante. Inicialmente, a produção ocorrerá na Alemanha pela IDT Biologika GmbH, com planos de transferência de tecnologia para o Butantan no Brasil.
Segundo o Ministério da Saúde, a inclusão no Programa Nacional de Imunizações (PNI) depende da capacidade produtiva e da aprovação da Conitec. “Estamos adotando todas as medidas para garantir acesso rápido e seguro à população”, destacou a pasta em nota.
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Chikungunya como emergência nacional
Introduzido no Brasil em 2014, o vírus chikungunya causa febre alta e dores articulares debilitantes, com risco de evolução para quadros crônicos. Todos os estados já registram casos, pressionando o SUS. A vacina surge como estratégia para reduzir hospitalizações e óbitos, seguindo o modelo bem-sucedido de campanhas contra dengue e zika.
Após a incorporação, o Ministério definirá grupos prioritários e cronograma de distribuição. Enquanto isso, reforça a necessidade de combate ao Aedes aegypti, vetor também da dengue e zika, com ações de prevenção e controle de focos.