Setores como pecuária, café e trabalho doméstico lideram cadastro, que agora tem 745 nomes
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou nesta quarta-feira (9) a “Lista Suja do Trabalho Escravo”, incluindo 155 novos empregadores acusados de submeter trabalhadores a condições degradantes. Com a atualização, o cadastro totaliza 745 nomes, com destaque para os setores de criação de bovinos, cultivo de café e trabalho doméstico.
Segundo o MTE, a lista é atualizada a cada seis meses para dar transparência às ações de fiscalização. “O cadastro comunica à sociedade os flagrantes e os resgates de vítimas, além de pressionar por mudanças”, afirmou André Esposito Roston, coordenador-geral de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo.
Principais destaques da atualização
1. Setores mais frequentes:
- Pecuária (criação de bovinos);
- Agricultura (cultivo de café);
- Trabalho doméstico.
2. Processo de inclusão:
- Nomes são adicionados após processos administrativos esgotados e sem recursos.
- Autos de infração descrevem condições como jornada exaustiva, servidão por dívida ou restrição de liberdade.
3. Tempo de permanência:
- Empregadores ficam na lista por dois anos.
- Na última sexta-feira (4), 120 nomes foram removidos após completarem o prazo.
Além disso, Roston reforçou a importância de denúncias pelo Sistema Ipê, canal oficial do MTE: “A participação da população é crucial para combater essa prática que ainda persiste no país”.
Como funciona a “Lista Suja”
- Objetivo: Expor empregadores flagrados explorando trabalhadores e coibir novas violações.
- Critérios: Inclusão após decisão definitiva em processos administrativos.
- Impacto: Empresas listadas têm restrições a créditos públicos e podem sofrer sanções de parceiros comerciais.
Com informações da Agência Brasil.