Ministério do Trabalho Inclui 155 empregadores na “Lista Suja” por trabalho análogo à escravidão 

Minas Gerais
Por -09/04/2025, às 18H09abril 9th, 2025
Ministério do Trabalho/Divulgação

Setores como pecuária, café e trabalho doméstico lideram cadastro, que agora tem 745 nomes

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou nesta quarta-feira (9) a “Lista Suja do Trabalho Escravo”, incluindo 155 novos empregadores acusados de submeter trabalhadores a condições degradantes. Com a atualização, o cadastro totaliza 745 nomes, com destaque para os setores de criação de bovinos, cultivo de café e trabalho doméstico. 

Segundo o MTE, a lista é atualizada a cada seis meses para dar transparência às ações de fiscalização. “O cadastro comunica à sociedade os flagrantes e os resgates de vítimas, além de pressionar por mudanças”, afirmou André Esposito Roston, coordenador-geral de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo. 

Principais destaques da atualização

1. Setores mais frequentes: 

  • Pecuária (criação de bovinos);
  • Agricultura (cultivo de café);
  • Trabalho doméstico. 

2. Processo de inclusão: 

  • Nomes são adicionados após processos administrativos esgotados e sem recursos. 
  • Autos de infração descrevem condições como jornada exaustiva, servidão por dívida ou restrição de liberdade. 

3. Tempo de permanência: 

  • Empregadores ficam na lista por dois anos. 
  • Na última sexta-feira (4), 120 nomes foram removidos após completarem o prazo. 

Além disso, Roston reforçou a importância de denúncias pelo Sistema Ipê, canal oficial do MTE: “A participação da população é crucial para combater essa prática que ainda persiste no país”. 

Como funciona a “Lista Suja”

  • Objetivo: Expor empregadores flagrados explorando trabalhadores e coibir novas violações. 
  • Critérios: Inclusão após decisão definitiva em processos administrativos. 
  • Impacto: Empresas listadas têm restrições a créditos públicos e podem sofrer sanções de parceiros comerciais. 

Com informações da Agência Brasil.