Amanda Quintiliano
O vereador Marcos Vinícius (PSC) levou mais uma denúncia à reunião da Câmara de Divinópolis, desta quinta-feira (21). Irregularidades resultaram na interdição da construção do Centro Administrativo, nova sede da prefeitura. A intervenção, segundo ele, partiu de uma fiscalização realizada por fiscais do Ministério do Trabalho.
As obras estão sendo conduzidas pela Lamar Engenharia. Ela foi contratada por pouco mais de R$ 14 milhões para a execução do projeto. Em pronunciamento, o vereador disse que a paralisação da obra foi motivada pelas condições de trabalhos dos funcionários.
“Recebemos a informação de que havia uma interdição nas obras de construções do Centro Administrativo em função de algumas irregularidades no que desrespeito ao trato com os trabalhadores, funcionários da construção civil”, afirmou, acrescentando que o fato causou estranheza.
“Esta fiscalização teria ocorrido por parte de uma equipe de Belo Horizonte, o que a princípio nos trouxe certa estranheza, porque não foi uma equipe do Ministério do Trabalho que teria feito essas fiscalizações”, disse.
Marcos Vinícius disse ter se encontrado com o engenheiro responsável pela obra, Júlio Campolina, na manhã desta quinta-feira (21), na sede do Ministério do Trabalho, em Divinópolis. Afirmou ainda que o engenheiro confirmou a interdição e disse já estarem regularizando a situação.
“Lá nos encontramos com o engenheiro Júlio Campolina, que estava acompanhado do engenheiro Jamerson, responsáveis pela construção e eles confirmaram que houve uma situação de certo embaraço, mas que já estava sendo corrigida”, ponderou, reforçando que a paralisação será temporária.
Explicações
A reportagem do PORTAL tentou contato com os engenheiros responsáveis, mas nenhum foi encontrado para
comentar o caso. Também conversamos com Marco Antônio Manata, dono da empresa, que se limitou a comentar, afirmando que não estava em Divinópolis e nem em Belo Horizonte. Entretanto, ele disse, por telefone, que “parecia ter ocorrido pequenos contratempos”, mas que só poderia falar sobre o assunto amanhã.
Em novo contato na Lamar, a única pessoa que nos atendeu disse que nenhum dos responsáveis estava na empresa e que não poderia adiantar nenhuma informação. Apenas disse que as compras de materiais para a obra foram mantidas normalmente, inclusive com entrega de madeiras hoje no local.
O superintendente da Usina de Projetos, Rodrigo Resende confirmou a interdição e disse que até semana que vem a situação será regularizada. Uma das exigências, segundo ele, foi o alvará de construção, além de outros itens, como equipamentos de trabalhos que ele não soube precisar. A paralisação ocorreu na segunda-feira (18).
No Ministério do Trabalho, devido ao horário de funcionamento, nenhum fiscal foi localizado. A assessoria de comunicação do órgão, também não retornou a reportagem até o fechamento desta matéria.