Domingos diz que visita de Marinho é garantia de que não haverá interrupção; Prefeito afirma que “poeira e barro” precisam acabar

Durante agenda em Minas Gerais nesta sexta-feira (21), o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, visitou as obras de implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) conjugado com ações de drenagem e pavimentação, em Divinópolis. 

O deputado federal Domingos Sávio (PSDB) articulou a visita e tratou ela como fundamental para garantir a continuidade das obras.

“É muito importante trazer o ministro para que a gente tenha garantia que essas obras não vão parar. Eu lutei muito para que essas obras foram reiniciadas. É um projeto antigo que ficou paralisado quase uma década e que é para uma região que precisa muito”, destaco Domingos.

“Passei por vários ministro cobrando e ele foi decisivo para liberar os recursos no ano passado”, completou o parlamentar.

Nove bairros, com cerca de 3,6 mil famílias, serão atendidos: Candidés, São Simão, Grajaú, Maria Peçanha, Terra Azul, Costa Azul, Quinta das Palmeiras, Nova Fortaleza e São Cristóvão.

“Pedimos que ele viesse aqui confirmar essa obra, porque as vezes a população fica muito ansiosa cobrando da prefeitura uma parte que não é dela, é do governo federal”, comentou o prefeito Gleidson Azevedo (PSC) cobrando para que não haja interrupção.

“Quando está no sol é poeira o tempo todo, quanto está chovendo é barro. Estamos em 2021 e já passou da hora de acabar com isso. Por isso que falei que vou fazer uma gestão de fora para dentro”, afirmou.

O novo sistema permitirá aumentar o atendimento com esgotamento sanitário e reduzir alagamentos na região. O empreendimento conta com R$ 35,4 milhões de financiamento por meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), além da contrapartida de R$ 2,2 milhões do município.

“Investir no tratamento do esgoto e da água, dar destinação correta ao resíduo sólido, trabalhar em ações de pavimentação e drenagem é investir, também, em saúde. Sem acesso a um sistema que funcione efetivamente, há aumento de pessoas doentes, além de questões ambientais graves”, afirmou o ministro Rogério Marinho.

O empreendimento, que estava paralisado desde 2014 e foi retomado em fevereiro deste ano, está com 64,4% de execução e alguns trechos já possuem funcionalidade. O sistema completo é formado por 44.850 metros de rede coletora de esgotos, 2.014 ligações domiciliares, 17.276 metros de interceptores, três estações elevatórias de esgoto, 25.327 metros de rede de drenagem e 34.202 metros quadrados de pavimentação.

“Tragédia”

O ministro se comprometeu a não deixar a obra parar.

“Na medida que as medições estão sendo efetuadas, não haverá dificuldade na disponibilização do financeiro”, ressaltou Marinho.

Ao mesmo tempo, sinalizou dificuldades.

“Essa não é uma obra simples, não é uma obra que você consegue fazer com pouco tempo, vai gerar um transtorno de início, mas vai ter um benefício extraordinário”, comentou.

Marinho ainda destacou que cerca de 100 milhões de brasileiros que vivem na área urbana não tem acesso a saneamento.

“Esse conjunto de ações precisa ser implementado no Brasil inteiro, a maior tragédia ambiental que nós sofremos é a falta do tratamento de esgoto para quase metade dos brasileiros”, enfatizou.

Entre meados do ano passado até agora o governo federal realizou licitações, permissões e concessões que permitiram investimento de R$ 70 bilhões. Para os próximos 10 anos, são necessários R$700 bilhões para suprir toda a demanda. Investimento que deve ser viabilizado a partir da iniciativa privada.