Moradores relatam uma série de comportamentos inadequados, incluindo a realização de necessidades fisiológicas em público, o uso de drogas, sexo e atos de vandalismo
A Praça do Santuário, um dos principais cartões postais de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, está tomada com a presença de pessoas em situação de rua. Moradores locais relatam uma série de comportamentos inadequados, incluindo a realização de necessidades fisiológicas em público, o uso de drogas, sexo e atos de vandalismo no espaço que deveria ser de lazer e diversão.
Lucilene Faria, residente nas proximidades da praça, expressou sua indignação.
“É um absurdo. Essas pessoas, além de fazerem sujeira, praticam atos obscenos, usam drogas e até tomam banho na fonte e dão banho em cães também no local. São todos pessoas saudáveis, mas escolhem viver de maneira que constrange quem passa por aqui. A praça, que deveria ser um local de lazer para nossas famílias, tornou-se cenário perigoso que comprometem a segurança e o bem-estar de todos.”
Ela conta que a situação na Praça do Santuário está cada vez pior.
“Já procurei respostas com algumas autoridades e diretamente com o prefeito, buscando soluções para os problemas de sujeira, desordem e insegurança. Infelizmente, minhas tentativas não foram bem-sucedidas e a resposta que esperava não veio,” desabafa Lucilene.
Ao enviar uma mensagem via WhatsApp para o prefeito Gleidson Azevedo (Novo), Lucilene recebeu como resposta uma indagação: “Você já estudou o estatuto e a lei federal dos moradores de rua?” Na sequência, ao dizer que não esperava essa resposta vindo dele, ele, então respondeu: “já te expliquei nos áudios. Não é porque sou prefeito que vou mandar tirar eles de lá”.
“Faxineira”
Suas preocupações ecoam o sentimento de muitos que veem no local não apenas um espaço de lazer, mas um patrimônio da cidade que está sendo negligenciado.
O que também chamou a atenção dos moradores foi o flagrante de um trabalhador da Empresa Municipal de Obras Públicas (Emop) limpando o local onde os moradores usam para dormir e deixar os pertences. Um vídeo mostra o momento da limpeza, com algumas pessoa suspendendo, por exemplo, colchões para varrer o espaço.
Outro cidadão que utiliza a praça como espaço de lazer com a filha de dois anos relatou também problemas. No final de semana, um homem – em situação de rua – correu atrás da menina.
“Diz ele que foi brincadeira, mas vai saber. “Até falei com policiais que estavam lá na base. Abordaram ele, revistaram e tudo mais, mandou ele sair”, conta.
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O que diz a prefeitura sobre moradores de rua em praça
Em nota, a Prefeitura de Divinópolis esclarece que está empenhada em assistir a população em situação de rua, por meio de ações diárias que visam o acolhimento e, quando desejado pela pessoa, o auxílio para o retorno ao seu município de origem. Este trabalho inclui a concessão de passagens e é realizado por equipes especializadas que fazem abordagens diárias.