Moradores do Choro, zona rural de Divinópolis, e também de pelo menos outras cinco comunidades protestaram, na BR-494, contra a construção de um aterro sanitário em uma área de 28 hectares. Eles alegam que a instalação irá comprometer cabeceira de nascentes de água potável, lençóis freáticos que serão contaminados pelo chorume.
A maior parcela dos moradores sobrevive da renda da agricultura familiar. Com a contaminação da terra, o trabalho poderá ser prejudicado. Esta é outra preocupação apontada pelos manifestantes. Eles ainda alegaram que não foram consultados em nenhum momento pela empresa responsável. O aterro deverá ser construído pela Via Solo para atender municípios vizinhos, como Nova Serrana, Arcos, além de Divinópolis.
“Os prejuízos são inúmeros, tanto para o meio ambiente (lençóis freáticos – subsolo), contaminação de cabeceira de nascente e diversas fontes que recebem água dela, além de que ali na região do Quilombo, Macuco, Choro é polo de pequenos produtores rurais de agricultura de subsistência – familiar. Toda a produção é vendida nas ruas, escolas públicas e particulares, restaurantes. Lá também, naquela região, não há tratamento de esgoto e nem de água”, conta uma das apoiadoras do movimento, Roberta Carrilho.
A Prefeitura de Divinópolis disse que o empreendimento é totalmente particular e que por isso não é responsável pela liberação de licenças ambientais. Neste caso é a Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam).
Uma audiência pública será realizada no dia 21 de janeiro, no auditório da UNA, às 7h para debater o assunto com os moradores. A UNA fica na Rua Coronel João Notini, 151, na região central de Divinópolis.
A área escolhida fica na mesma região aprovada para implantação da Cidade Tecnológica.