Moradores sofrem com infestação de taturanas em Divinópolis
Insetos são a fase larval de borboletas e mariposas e podem causar queimaduras em contato com a pele. | Foto: Portal Gerais

As taturanas podem causar sérios ferimentos ao entrar em contato com a pele. Especialistas recomendam ter cautela ao manusear os insetos para limpeza.

Com os dias mais quentes e úmidos, o aparecimento de insetos do tipo Lepidópteros, como lagartas, também chamadas de taturana, mandorová, são a conhecida fase larval de borboletas e mariposas. Ou seja, são a fase que antecedem o processo de transformação do inseto. Apesar de um processo importante, as taturanas são perigosas e estão assustando moradores do Bairro São Miguel em Divinópolis devido a uma infestação.

Segundo a moradora do bairro São Miguel, Deila de Oliveira Silva, a infestação ganhou força nas últimas duas semanas, chegando a um nível incontrolável que se encontra atualmente.

“Já tem umas duas semanas mais ou menos que esta tendo essa infestação de taturanas aqui. E vai tudo para a minha casa! Não entra lá dentro, mas fica do lado de fora no meu terreiro, onde guardo o carro. Tem um lote vago aqui em frente de casa que tem uma árvore carregada com esse bicho e eles estão andando para todo o lado, eu não estou conseguindo vencer”, detalha.

Conforme o Instituto Butantã, “Lagartas são o estágio larval dos insetos pertencentes à ordem dos lepidópteros, que posteriormente vão se transformar em mariposas ou borboletas. No geral, aquelas com potencial para causar acidentes dividem-se em duas grandes famílias: Megalopygedae e Saturniidae”.

Combatendo as lagartas

Para solucionar o problema, Délia diz estar ateando fogo aos insetos. A conduta não é a mais recomendada pela Vigilância Sanitária.

“Agora estou varrendo eles e juntando, colocando álcool e fogo. Eu não estou conseguindo comer direito de tão nojento que é, eu perco até o apetite”, conta a moradora.

Segundo a Prefeitura, “ainda não se tem conhecimento do ciclo correto – tempo, entre nascimento e metamorfose completa como mariposa ou borboleta. Acredita-se ainda que seus possíveis predadores sejam aves, lagartos de muro e calangos”.

Devido a isso e do pouco conhecimento sobre o assunto, a Vigilância Ambiental orienta os seguintes cuidados:

  • Não usar inseticidas no combate às lagartas, já que são inofensivas e que o uso do produto pode causar irritação ocular e dérmica, além de possível problema respiratório devido provável toxicidade;
  • Evitar o corte/poda indiscriminado da árvore, uma vez que a infestação da castanheira é rápida e breve;
  • Entrar em contato com a Vigilância em Saúde Ambiental, através do telefone (37) 3229-6823, para orientações locais.

Em casos de ferimentos, o tratamento é feito com o Soro antilonômico, sendo um “soro específico para o tratamento dos envenenamentos moderados e graves causados por lagartas do gênero Lonomia” produzido apenas no Brasil pelo Instituto Butantã.