Em 2014, 14,4 milhões de condutores precisavam usar óculos ou lentes para dirigir, número que subiu para 25,4 milhões em 2024.
A quantidade de motoristas brasileiros com restrições na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) devido a problemas de visão aumentou quase 80% nos últimos dez anos. Em 2014, 14,4 milhões de condutores precisavam usar óculos ou lentes para dirigir, número que cresceu para 25,4 milhões em 2024, representando um aumento de 77%.
Prevenção e diagnóstico precoce
Os dados foram divulgados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) com base em informações da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Segundo o levantamento, as restrições visuais agora correspondem a 91% de todas as anotações feitas em 27,9 milhões de CNHs emitidas no Brasil. O CBO destaca a importância da saúde ocular para a população e enfatiza a necessidade de prevenção e diagnóstico precoce de doenças oculares.
Fatores
Para o CBO, vários fatores contribuem para o aumento da demanda por cuidados oftalmológicos entre motoristas brasileiros, incluindo o envelhecimento da população, o uso prolongado de telas digitais, e o aumento de doenças crônicas como diabetes e hipertensão.
Mapeamento entre os estados
O mapeamento revela que estados como Rio Grande do Norte, Paraíba e Rio de Janeiro têm a maior proporção de CNHs com restrições visuais. Em contraste, o Acre apresenta o menor percentual de motoristas com restrições. Contudo, em termos de aumento percentual, estados como Goiás, Tocantins e Roraima lideram com aumentos significativos desde 2014.
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Restrições
O CBO também identifica os tipos mais comuns de restrições visuais nas CNHs, incluindo o uso obrigatório de lentes corretivas e restrições para dirigir à noite. Portanto, essas anotações são feitas pelo médico do tráfego durante a avaliação para concessão ou renovação da CNH, garantindo que os condutores possam dirigir com segurança.
“A identificação de deficiências visuais durante a avaliação médica direciona os condutores para avaliações oftalmológicas detalhadas, essenciais para um diagnóstico preciso e tratamento adequado”, destacou o CBO.
*Com informações da Agência Brasil
