MPMG não encontrou provas robustas; Edsom registrou boletim de ocorrência
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) não denunciou os quatro vereadores de Divinópolis também alvos da denúncia de infração política-administrativa rejeitada, nesta quinta-feira (23/11). Embora tenham sido investigados dentro da operação Gola Alva, o promotor Marcelo Maciel alegou que não encontrou provas robustas, arquivando o procedimento.
O MPMG denunciou, então, apenas os vereadores Rodrigo Kaboja (PSD) e Eduardo Print Jr (PSDB).
A denúncia rejeitada ontem pedia a cassação de seis vereadores, sendo os dois mencionados acima e também de:
- Rodyson do Zé Milton (PV),
- Israel da Farmácia (PSD),
- Hilton de Aguiar (MDB) e
- Josafá Anderson (CDN).
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Confusão e protestos
Acusações de ambas partes, assim como, protestos com gritos de “vergonha” marcaram a reunião.
A denúncia protocolada por João Martins – morador do Cacoco, comunidade rural de Divinópolis – tinha como base, possível envolvimento dos vereadores em esquema de corrupção. Os vereadores Ademir Silva (MDB) e Edsom Souza (CIDADANIA) foram os únicos favoráveis a admissibilidade da denúncia. A votação ocorreu individual.
Edsom Sousa tentou suspender a reunião, porém não conseguiu. Assim, deixou o plenário dizendo que rasgaram o Regimento Interno (RI).
“Rasgaram o regimento interno, o vereador Israel presidiu a sessão. Quem tinha que presidir a sessão era eu. Rasgaram o regimento interno, rasgaram a lei orgânica. Absurdo que nunca vi na minha vida.”
Sousa registrou Boletim de Ocorrência com as mesmas alegações e disse que tomaram medidas judiciais.
Israel da Farmácia, rebateu Edsom Sousa, dizendo que não descumpriu nenhum artigo do RI e que teve o respaldo da procuradoria da Casa.
“Desde que o processo veio para essa casa, eu, amparado e assegurado pela procuradoria desta Casa, não descumpri nenhum um artigo do Regimento. Segui claramente o Regimento da Casa. Ele não foi rasgado e não foi descumprido”, rebateu.
Mandado de segurança
Ainda após o fim da votação, o ex-vereador Sargento Elton, disse, então, que irá entrar com mandado de segurança pedindo o cancelamento da reunião desta quinta-feira, 23/11. Ele é um dos denúncias da denúncia admitida na terça (21/11) contra Print e Kaboja.
“Uma manobra vergonhosa e todos divinopolitanos estão revoltados”, declarou.
Após o fim da confusão, a reunião ordinária seguiu normalmente e os projetos que estavam pautados na ordem do dia apreciados pelos vereadores presentes.