Com a justificativa de não ter argumentos legais ou até mesmo embasamento para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Divinópolis, o vereador Edson Sousa (PMDB) sofreu duas derrotas na tentativa de investigar o “loteamento dos cargos comissionados”. Porém, a prática e outra irregularidades já são alvos de investigação pelo Ministério Público.

No pedido, alegam os demais parlamentares, ele não menciona qualquer fato concreto ou que comprovem irregularidades. Por alguns edis, a questão foi tratada como “picuinha pessoal”, já que ele anda se “estranhando” com o colega de partido, o presidente do Legislativo, Adair Otaviano.

A CPI solicitada por Edson se limitava a investigar as nomeações da câmara. Hoje o órgão conta com 30 comissionados, já a prefeitura com 211. As argumentações do vereador em plenário é o loteamento de cargos, em outras palavras, “balcão de negócios” entre partidos, incluindo aqueles considerados nanicos e sem cadeiras.

Nesta quinta-feira (18) alguns vereadores chegaram a provocar Edson e a responder a repercussão negativa nas redes sociais. Eduardo Print Jr (SD) sugeriu que caso alguém tenha prova de irregularidades na comissão que acione o Legislativo, mas que dê nomes e argumentos suficientes para a instauração de CPI.

Ao sofrer duas derrotas o peemedebista tomou duas medidas. Uma foi procurar o Ministério Público e a outra foi registrar em cartório que não votaria contra o pedido de nenhuma CPI.

MP

Independente da CPI e antes de Edson procurar a promotoria, as nomeações de comissionados que englobam nomeações cruzadas, nepotismo, já são investigadas pelo Ministério Público como já mostrado anteriormente pelo PORTAL. Esta semana, por meio da assessoria de comunicação do órgão, o promotor Gilberto Osório reafirmou ao PORTAL que as possíveis irregularidades são investigadas nos dois poderes.

Porém, ele preferiu não repassar detalhes até obter mais informações. Algumas suspeitas chegaram por meio de denúncia.