Sob o lema “Ocupar para o Brasil Alimentar”, movimento pressiona por avanços na política de assentamentos e combate à fome
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou entre 1º e 17 de abril sua tradicional Jornada Nacional de Lutas, com 55 protestos em 21 estados e no Distrito Federal. As ações, que reuniram cerca de 50 mil participantes, tiveram como foco principal a aceleração da reforma agrária e o combate à insegurança alimentar no país.
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Principais reivindicações
As mobilizações destacaram três eixos centrais:
- Democratização do acesso à terra para 145 mil famílias atualmente acampadas.
- Agricultura familiar como solução para a crise alimentar.
- Celeridade nos processos de assentamento anunciados pelo governo federal.
Formas de protesto
Durante a jornada, os manifestantes realizaram:
- 28 ocupações de terras consideradas improdutivas;
- 5 ocupações em órgãos do Ministério do Desenvolvimento Agrário;
- 2 novos acampamentos criados;
- Atores públicos em 47 municípios.
Contexto nacional
O movimento alerta que, apesar dos avanços recentes:
- Apenas 5 mil famílias do MST foram assentadas desde 2023;
- 21 milhões de lares brasileiros enfrentam insegurança alimentar;
- 295 mil famílias deveriam ser incorporadas ao programa até 2026.
“Estamos pressionando para que terras de grandes devedores e áreas improdutivas sejam destinadas à reforma agrária”, explicou representante do MST em nota oficial.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário sinalizou que:
- Novas áreas estão em processo de desapropriação;
- A meta de assentamentos pode ser ampliada;
- Terras com dívidas trabalhistas estão sendo mapeadas.
Com informações da Agência Brasil.