As mineiras foram as que mais realizaram manifestações na Ouvidoria-Geral do Estado (OGE) em 2015. De 23.577 registros contabilizados em 2015, 36% foram feitos por mulheres, contra 28% de homens. Os demais 36% foram registradas por entidades, associações, abaixo-assinados ou por pessoas que optaram pelo anonimato.

Muitas mulheres procuram a Ouvidoria-Geral do Estado para pedir agilidade do serviço público. O marido de Leila Maria Resende Pinheiro, por exemplo, estava sem receber o colírio para glaucoma, em Juiz de Fora, no Território Mata. Outras pessoas na mesma situação estavam sendo prejudicadas com a falta do medicamento. Ela decidiu, então, registrar manifestação na OGE. O problema foi solucionado e, desde abril de 2015, não tem faltado colírio.

Das seis ouvidorias especializadas da OGE, a Ouvidoria de Saúde foi a mais procurada por elas: 31% dos manifestantes – com gênero identificado – são mulheres, que demandam, principalmente, medicamentos de dispensação excepcional (remédios de uso contínuo e de alto custo).

Também na Ouvidoria do Sistema Penitenciário, são as mulheres que mais ligam para pedir a transferência de filhos e maridos. 6% das mulheres registraram manifestações (com gênero identificado) na Ouvidoria do Sistema Penitenciário, mas o número pode ser bem maior, já que elas registram a manifestação em nome dos filhos e maridos. Após acionar a OGE, M.A.P. conseguiu a transferência dos dois para a Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria, em São João de Bicas, facilitando a visita aos filhos.

Na Ouvidoria Educacional, 24% das demandas – com gênero identificado- são de mulheres. Professoras e outras profissionais da área ligam pedir ajuda no processo de aposentadoria e tratar de designações, além de outras questões. Na Ouvidoria de Fazenda, Patrimônio e Licitações Públicas, 14% das manifestações foram feitas, em 2015, por elas. Já na Polícia, o percentual ficou em 13%.

Atendimento

A OGE recebe manifestações pelo Disque Ouvidoria 162, pelo site www.ouvidoriageral.mg.gov.br ou na sede do órgão, que fica na Rodovia Pref. Américo Gianetti, 4001 – Bairro Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Prédio Gerais /12º Andar – CEP 31.630-901. Ofícios e cartas também serão aceitos como manifestações. Na Casa de Direitos Humanos (Avenida Amazonas, 558 – Centro de Belo Horizonte), o atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30.