Declaração é em relação ao aumento de doenças respiratórias, principalmente em crianças; Baccheretti atribui também ao período de isolamento
O secretário de Estado de Saúde Fábio Baccheretti tratou como “natural” o aumento de casos relacionados às síndromes respiratórias observados nos municípios mineiros e afirmou não se tratar de nova onda da COVID-19. Em visita à Divinópolis, nesta quarta-feira (15/6), disse que o problema está mais relacionado a sazonalidade devido ao isolamento de dois anos.
A declaração é, principalmente, devido ao número de crianças diagnosticada com alguma síndrome respiratória.
“É muito importante entendermos que isso é natural da época do ano. O que estamos vivenciando hoje, não é muito diferente do que vivenciamos antes da própria COVID-19. Essa época, especialmente crianças, são muito afetadas por doenças respiratórias. Há um grande complicador esse ano e é em relação às crianças, que não é a COVID, que é o tempo de isolamento, a gente está vendo crianças tendo muito casos mais graves, mas quando se interna a minoria é COVID”, afirmou.
“Nosso problema hoje não está muito na COVID e sim na sazonalidade relacionada ao isolamento que durou dois anos. Então é algo natural”, completou.
Baccheretti ainda destacou que não está tendo aumento de casos graves de COVID proporcionalmente.
“Isso demonstra que a vacina é eficaz. A máscara é uma ferramenta importantíssima, mas a vacina, sem dúvida nenhuma, é a arma mais importante”, reforçou.
Ele ainda citou a cobertura vacinal pediátrica.
“Por isso que vale a pena lembrar, que só vacinamos 70% das crianças com a primeira dose e só 35% buscaram a segunda dose. E nós temos vacina para COVID, vacina para gripe, vacina para sarampo e muitos pais ainda não levaram as crianças para tomar essa vacina”, alertou.
Ele ainda disse que a tendência é que este pico comece a reduzir em três semanas.
“Então temos que observar que não é uma onda nova de COVID, é uma sazonalidade. Doença respiratória. A gente tem que ver com mais naturalidade e lembrar a todos que a principal arma é a vacina, que está disponível”, finalizou.
Divinópolis
Em Divinópolis, a média diária de notificações saltou de 62 em maio para 166 este mês. Entretanto, as confirmações continuam em baixa, proporcionalmente. Em maio a média diária era de 10, agora subiu para 17. A média de mortes, passou de 0,03 para 0,07.
Em relação às internações, a média/dia passou de seis, no mês passado, para 20 em junho, considerando terapia intensiva e leitos clínicos. Quando separados, a média diária de internações em CTI’S passou de três (maio) para sete (junho) e em leitos clínicos de quatro (maio) para 13 (junho).