“Não é salvar vidas “ou” salvar economia, e sim, salvar vidas “e” salvar economia”

Um amigo jornalista fez uma análise resumida destes tempos sombrios que dividem o país. Colocaram na cabeça do brasileiro que existe uma distância entre salvar vidas e manter a economia.

Como bem destacou, conseguiram colocar na nossa cabeça que é uma questão de “ou” quando, na verdade, é uma questão de “e”.

Não é salvar vidas “ou” salvar economia, e sim, salvar vidas “e” salvar economia.

Logo vem a questão: “mas como fazer isso?”

Ao invés de colocar a mão na massa, nossos “líderes” preferiram negar o vírus, subestimar a doença. Deram um empurrãozinho ilusório para os pequenos e médios empresários.

Tudo virou questão de redes sociais e as verdades passaram a ser “mensagens de WhatsApp”.

Socorreram o povo com auxílio emergencial.

Porém, enquanto a doença avançava, o caixa dos empresários esvaziavam-se, assim como a mesa do brasileiro.

Aos líderes, caberia apontar caminhos, executar ações. Assim como – bem lembrou esse amigo jornalista – fizeram grandes líderes do mundo. Os Estados Unidos deram uma reviravolta.

É preciso salvar vidas, essa é a prioridade, mas também é importante não deixar que CNPJ’s se apaguem.

“Como não ter empatia com o cara que ralou a vida toda para ter um ponto de comércio?”, indagou esse amigo.

“Quando o ponto de comércio quebra, a indústria quebra, o agro quebra, o sindicato quebra, o partido quebra, a associação quebra, o trabalhador quebra”. Um efeito dominó que traz a miséria, a fome. Não há como discordar.

A solução, quem precisa correr atrás, é o governo. Ele precisa dar resposta à altura da angústia de quem sofre amargamente a busca por um leito, assim como da angústia de quem vê anos de serviço se esfarelar, que chora demissões.

“Bolsonaro e cia conseguiram radicalizar a coisa a tal ponto que a gente não vê as coisas com clareza mais”, afirmou.

É como se fossem torcidas organizadas. E não é.

“Não temos de escolher entre morrer de vírus ou de fome”, lembrou brilhantemente.

Não é uma questão de divisão e sim de união.

Vencer o vírus é reestabelecer a economia. Esse deveria ser o foco desde o primeiro dia, ao invés de criar a intriga da divisão que coloca brasileiro contra brasileiro.

Por fim, nem vidas são salvas e nem a economia. Até quando?