Pai da menina, de 4 anos, que morreu na UPA descreve o atendimento como negligente
Pais de Thallya Beatriz, de 4 anos – que morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Divinópolis, Juliana da Silva Pinto e Paulo Satiro contestaram o resultado da sindicância divulgado, nesta terça-feira (18/6), pela Secretaria Municipa de Saúde. A comissão não identificou erro médico.
Paulo Satiro descreve o atendimento como negligente. Lembrou, então, que a médica não tem especialização em pediatria.
“Mandou minha filha pular e nem pediatra era. Mas vamos até o fim, a morte da minha filha não vai nos calar, vamos até o fim agora. Isso não vai nos calar.”
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Dores nas pernas
Ainda de acordo com Paulo, Thallya apresentava dores nas pernas, mas não recebeu a devida atenção.
“Como não teve erro? Se a menina estava com dor na perna, poderia ser uma apendicite ou um trem qualquer. Nem exame fez, minha mulher que pediu para fazer,” relata.
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Sofrimento
Em um desabafo emocionado, Paulo destacou o sofrimento que a família vem enfrentando.
“Isso é um desabafo de um pai que está sofrendo. Olho para minha mulher e ela nem está comendo, ela emagreceu quase 15 quilos. Tive que caçar psicóloga para minha outra filha, é uma vergonha. Lixo de prefeitura. Eles não quiseram me dar nem o laudo.”
Resultado gera críticas
O resultado da sindicância gerou muita crítica da família. Conforme o pai, o processo foi conduzido de maneira superficial e sem a devida seriedade.
“Juntou uma junta médica e falaram que não teve erro. Isso que estão fazendo é muita sacanagem, isso deixa qualquer família desestruturada, estão falando isso porque não é com a família deles. Isso é uma sindicância que fazem de qualquer jeito.”, desabafou.
A família aguarda a autorização para exumação e, assim, obter respostas concretas sobre a causa da morte da Thallya Beatriz.
“Vamos vê depois da exumação, se estamos errados. Isso aí destrói a família da gente, o povo não tem sentimento, essa prefeitura é uma mentira, é uma vergonha.”