O risco de extinção da Fundação ainda não foi descartado (Foto: Amanda Quintiliano)

Desde o dia 12 de agosto a Comissão Interventora do Hospital São João de Deus tem se reunido semanalmente para definir o nome do novo administrador. Só está semana foram duas reuniões, numa delas com a presença do coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça e Defesa da Saúde (CAO-Saúde), Gilmar de Assis e também com o secretário-adjunto de Estado de Saúde, Nalton Sebastião Moreira da Cruz.

Um nome chegou a ser aprovado, entretanto, após negociações ele declinou. O administrador indicado não foi revelado à imprensa. Ele teria recusado após conhecer o “tamanho do gargalo”. Outras indicações foram feitas, porém os nomes estão guardados a sete chave e o escolhido só será conhecido no final da próxima semana. A Comissão Interventora tem até o dia 09 de setembro para contratar o gestor já que o contrato da Dictum termina nesta data.

Até agora, segundo fontes do PORTAL, teriam sido definidos o Secretário Executivo – que será o elo entre a comissão e o administrador – e também o diretor técnico. O atual diretor da Unidade de Pronto Atendimento (UPA – 24 horas), Marco Aurélio Lobão foi cotado para assumir a diretoria técnica do São João de Deus. Entretanto, após discussões, a comissão cogitou colocar algum médico do corpo clínico.

Ainda segundo fontes do PORTAL, a dificuldade está em encontrar um profissional que aceite assumir a administração da unidade. O novo administrador irá encontrar um hospital afogado em dívidas com rombo de R$ 130 milhões e déficit mensal de pouco mais de R$ 1 milhão. A alegação é de que o “custo benefício” não é vantajoso, além da pressão e de ter os holofotes da imprensa voltados para a unidade.

Superintendentes

Desde que a crise agravou-se e tornou-se pública duas pessoas passaram pela superintendência do São João de Deus. O primeiro foi Euler de Paula Baumgratz que deixou o cargo quase dois anos após assumi-lo dizendo que não havia outra alternativa senão o fechamento da unidade.

Logo depois, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Fundação Geraldo Correa e o Ministério Público. Uma das cláusulas era a contratação de uma empresa com o aval da promotoria. A Dictum foi selecionada e o contrato com ela firmado em 2014. O cargo de superintendente ficou com Afrânio Emílio.