A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) divulgou o relatório dos casos de dengue em Divinópolis do mês passado. De acordo com a Vigilância Epidemiológica da Semusa, nenhum caso da doença foi confirmado em janeiro. Já os casos notificados chegaram a ser menos de 10, bem diferente do ano passado. Comparando as primeiras semanas de 2017 com o mesmo período do exercício anterior, a queda nos casos notificados foi de 98,15%.
O relatório confirma nove casos suspeitos nas primeiras cinco semanas de 2017. A primeira semana teve o maior volume de notificações: três. Já na segunda e terceira semana foram dois cada e nas últimas duas semanas um caso em cada uma.
Quando se confronta com os dados do ano passado no mesmo período, a redução foi drástica. Segundo a Vigilância Epidemiológica, nas cinco primeiras semanas de 2016, já tinha 486 casos sendo investigados e 393 confirmados.
Em 2015, a situação foi bem amena, quando comparada a 2016. Nas cinco primeiras semanas, 28 casos foram notificados e metade confirmados. Já nos 12 meses de 2016, Divinópolis registrou 4.929 casos da doença e, no exercício anterior, 1.774, de acordo com os dados da Vigilância Epidemiológica.
De acordo com Juliano Cunha, supervisor geral do Controle de Endemias, dois fatores influenciam em número de casos de um ano para outro. Os anos de registros de volume grandes de casos confirmados da doença, com óbitos, e se caracteriza como em epidemia de dengue, é quando surge um novo tipo de vírus, o qual a população não está imune.
“Nestes anos as ações de prevenção são intensificadas e a população também se empenha e participa mais do combate ao mosquito. No ano seguinte, com boa parte da população imune ao novo tipo de vírus e as ações preventivas realizadas pelo poder público com apoio da população, a tendência é a queda no número de casos”, explicou.
O supervisor alerta que, mesmo com a queda no número de casos, é necessário continuar com a prevenção.
“As ações do poder público continuam frequentes e intensas, pois temos focos do mosquito ainda sendo encontrados por toda cidade. Mas as ações do poder público não surtem efeitos sozinhos, pois mais de 90% dos focos do mosquito em Divinópolis ainda são encontrados dentro das casas. Os moradores tem que continuar com as ações preventivas, não podemos baixar a guarda”, alertou Juliano.