Governar pelas redes sociais alterou o conceito de transparência e verdade tão pregado pela gestão Gleidson Azevedo e Janete Aparecida, prefeito e vice de Divinópolis, ambos do PSC. Na menor das hipóteses, enfraqueceu, a ponto de distorcer fatos para tentar se safar dos resquícios da falta de gerenciamento sobre o próprio governo.
No clã do alto da Paraná, transparência vai até onde consegue controlar e verdade, é subjetiva. Tão irreal quanto aquilo que os desagradam. O que não agrada é “fake news”, mesmo que carregado de verdades. Melhor desqualificar a se explicar.
É vereador acionando o Ministério Público para ter acesso às informações, outros esbravejando na tribuna. Em sinais de ilegalidades, alguns recorrem às Comissões Parlamentar de Inquérito (CPI) para, na esperança, terem acesso aos dados e que espelham, aí sim, a verdade, para o bem ou para o mal.
Ao que parece, a máxima “quem não deve não teme”, não serve para este governo. Prefere desqualificar, tratando como mentira a verdade. Não é atoa a existência da expressão: “a verdade dói”. E, pelo jeito, incomoda.
A bem da verdade, o compromisso com a transparência, existe apenas no discurso patético para convencer internauta. Pano de fundo para política fajuta de chutar placa, fazer dancinha, enquanto o governo segue, como um carro desgovernado.
Em outras palavras, pura ladainha que cerceia o direito do povo ao acesso além da “meia verdade” dita em 15 segundos de stories ou em uma postagem limitada de caracteres.
Para quem não perde a oportunidade de dizer “vim da iniciativa privada”, está faltando colocar em prática os preceitos de uma boa gestão.
Despejar sobre os secretários a função de governar, parece com herdeiro que assume a empresa do pai sem vontade de trabalhar. Quando se “ganha” o valor é bem menor em relação a quem precisa se esforçar para conquistar por si só posição, respeito e por aí vai…
Para quem se orgulha de carregar a experiência do Legislativo, parece ter se esquecido, num lampejo, do real papel do vereador.
A tática de empurrar para a gestão passada ou atribuir à imprensa a responsabilidades pelos atos falhos retratados nas matérias jornalísticas já não está colando. Assim como, desqualificar para não se explicar. Basta uma pesquisa rápida pelos comentários nas redes sociais para ver que há quem não aguenta mais discurso e quer ação.
Faltam pouco mais de dois anos para o governo acabar, ainda dá tempo de pegar o plano de governo, reprisar os debates e discursos de campanha para fazer o mínimo prometido e não se tornar um “governo fake”.
Em tempo, imprensa está aí é para isso mesmo: mostrar o que não é mostrado. O resto é assessoria de imprensa.