O presidente da Fiemg – regional Centro-Oeste e do PSB de Divinópolis, Afonso Gonzaga diz acreditar que o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) não seja, talvez, a solução para a crise do país. Para Gonzaga, o governo precisa investir em ações de fortalecimento do setor produtivo para equilibrar a economia do Brasil.
“É preciso criar ações de fortalecimento. Se o setor produtivo não vai bem o restante não vai bem também”, afirmou, citando a queda no faturamento nos vários setores da economia, reflexo, segundo ele, da onda de “insegurança”.
Segundo o presidente da Fiemg, o governo não está fazendo o “dever de casa”. Para ele, a reforma ministerial significou mais um acordo político para manter a Dilma no governo do que a intenção de uma redução de despesa, como anunciado.
“Essa reforma ministerial, financeiramente, vai significar uma redução de custo insignificante. Não existe uma responsabilidade por parte do governo. A intenção foi fortalecer a base para manterem a Dilma no poder”, enfatizou.
Liderança
Gonzaga voltou a defender um “líder”. Entretanto, disse que não existe ninguém, atualmente, capaz de liderar o país seja no Executivo, Legislativo e até mesmo no Judiciário.
“Acredito que a dificuldade do Brasil é buscar uma liderança. Não é um economista que vai resolver os problemas, é um líder, é uma pessoa que tenha um controle das ações, seja no campo político, industrial, comercial e de serviço. É atrás de uma liderança que estamos buscando”, salientou.
Apesar de não enxergar no impeachment a solução para o equilíbrio da economia, o presidente da Fiemg também afirma não ver os pedidos e movimentações como “golpismo” de oposição. Ele lembrou que o PT chegou a pedir o afastamento do então presidente, Fernando Henrique Cardoso quatro vezes. Mencionou ainda o impeachment de Fernando Collor.
Pedido
O principal pedido de impeachment deverá ser analisado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ) na próxima semana. A medida tem por objetivo aguardar um aditamento do pedido original. Neste adento, os partidos de oposição vão apresentar documentos para tentar provar que as chamadas “pedaladas fiscais”, que levaram a recomendação pela rejeição das contas de 2014 pelo Tribunal de Contas da União (TCU), continuaram em 2015.