Cerca de 30 pessoas, a maioria jovens, participaram da caminhada (Foto: Amanda Quintiliano)

Jeann Carllos Teixeira Melo

Em Divinópolis, a Frente de Luta pelo Transporte Público e de Qualidade vem exercendo este direito. No início da semana uma caminhada foi realizada de forma ordeira. Em acordo com a Polícia Militar, através do tenente Stanley, o trajeto da manifestação foi pré-definido para não impedir ou atrapalhar o trajeto dos ônibus.

A intenção é alertar e informar os usuários do transporte coletivo, que eles merecem um transporte de qualidade e que seja acessível. Seria cômico se os manifestantes quisessem contrariar os cidadãos. A luta da frente, não é simplesmente pelo abatimento do reajuste, mas pela qualidade do serviço prestado e o direito à cidade, que seria a locomoção do cidadão para os eventos cotidianos, como acesso ao lazer, cultura, trabalho, educação e etc. para aqueles que moram afastados do centro da cidade.

Estes manifestantes são pessoas sérias, com uma enorme bagagem técnica e política, não são baderneiros que fazem barulho sem propósito.

As alegações feitas pelo coletivo possuem embasamentos técnicos econômicos e jurídicos.  A análise realizada pelo corpo técnico da frente, já apresenta dados científicos, que automaticamente mostram possibilidades de um abatimento imediato no reajuste da tarifa.

O secretário de transito e transportes de Divinópolis, Simonides Quadros, informou as mídias locais, que a frente não havia protocolado o relatório da análise de planilha de custos do transporte público de Divinópolis, o que é mentira.  Os protocolos 00368-207/2015 e  00389-207/2015, foram registrados no dia 09 de janeiro as 10:59 min.

Então me veio em mente: “é ineficiência e incompetência da administração ou uma tentativa sórdida de tentar desmoralizar um grupo bem estruturado que está desestruturando um esquema que gira milhões de reis as custas de trabalhadores e estudantes de todo o município?”

Grande parte dos veículos de comunicação tem circulado matérias tendenciosas, não mostram a realidade dos acontecidos. Por quê? Quais os interesses? Existem relações entre elas?

São casos que devem ser avaliados e repensados por todos os cidadãos, trabalhadores, estudantes, aposentados, empresários. Todos acabam sendo vítimas ou cúmplices do mesmo golpe.