Um dos grupos mais premiados grupos da cena gaúcha prepara-se para montar seu pequeno circo Brasil afora. A turnê de O Fantástico Circo-Teatro de um Homem Só terá apresentações e outras atividades em Itaúna nos dias 02, 03 e 04 de setembro. Todas as sessões do solo de Heinz Limaverde terão tradução simultânea em libras. Após o espetáculo, haverá um debate com o público. Esse projeto foi selecionado pelo Programa Petrobras Distribuidora de Cultura 2015/2016.
A equipe também vai ministrar a oficina Conexões Urbanas, que propõe desenvolvimento de ações performativas para o espaço urbano, tecendo composições afetivas e repensando possibilidades da cena na rua. A oficina culminará com uma ação nas ruas de cada cidade. Haverá ainda um encontro com grupos locais.
O Fantástico Circo-Teatro de um Homem Só já foi apresentado em vários estados brasileiros e cumpriu temporada na Capital paulista no ano passado. Em 2011, a produção venceu o Prêmio Açorianos nas categorias direção (Patrícia Fagundes) e figurino (Daniel Lion). Em 2013, participou do Festival Palco Giratório Nacional Sesc, circulando por todo país.
O espetáculo
O mágico, a mulher-barbada, o palhaço, a vedete, o bufão e o vagabundo: todos os personagens do imaginário circense ganham vida na pele de Heinz Limaverde em O Fantástico Circo-Teatro de um Homem Só. As referências para a montagem foram garimpadas nas tradições das velhas lonas de interior, combinadas a importantes questões da arte contemporânea como a cena em primeira pessoa, a memória como matéria de criação, a experiência de proximidade com o espectador.
A peça lança um olhar para os pequenos circos brasileiros como importante fonte de teatralidade e resistência cultural, muito além dos meios de comunicação de massa. Espaços de encontro onde o real e o sonho dançam no picadeiro, o medo e o fantástico se alteram em movimento de ruptura efêmera do cotidiano. A montagem também traz referências a personagens reais, como o próprio ator, o palhaço Carequinha, a atriz de teatro de revista gaúcha Eloína Ferraz e a mulher barbada mexicana Júlia Pastrana, que viveu no México no século XIX.
Teatralidade, memória, humor e a poesia são as principais marcas do espetáculo. Em cena, o ator canta ao vivo – com trilha sonora e preparação vocal assinadas dor Simone Rasslan – e as coreografias são assinadas por Cibele Sastre. A indumentária da montagem é assinada pelo premiado figurinista Daniel Lion.