Amanda Quintiliano

 

A auditoria realizada pela empresa PricewaterhouseCoopers PWC apontou a obra de ampliação do Hospital São João de Deus e a terceirização de serviços como os principais responsáveis pela crise da entidade. O documento foi divulgado, nesta sexta-feira (06), pelo Ministério Público. O diagnóstico financeiro e operacional corresponde ao período de 2008 a julho deste ano.

 

Como esperado, o relatório reafirmou a situação financeira delicada do hospital devido a numerosas deficiências nas gestões anteriores. Por meio de nota, a promotoria destacou como as principais, além da ampliação e terceirização em condições desfavoráveis à Fundação Geraldo Corrêa, o rápido crescimento do negócio de seguro com prêmios inferiores aos praticados no mercado e com rentabilidade negativa e dimensionamento inadequado dos recursos para a prestação de serviços.

 

A PWC concluiu, dentre outros aspectos, que até março de 2012 houve deficiência de gestão por parte do antigo grupo diretor, necessitando de aprofundamento para apurar eventuais responsabilidades. A mesma empresa será contratada para dar sequência ao levantamento e verificar quem são os responsáveis pelo colapso financeiro. Durante este período estava à frente da superintendência Ronan Pereira, conhecido como Frei Ronan.

 

Apenas em março de 2012 houve a contratação de Euler Baumgratz para substituir Frei Ronan. Em agosto deste ano, ele pediu demissão. A partir de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), a Fundação Geraldo Corrêa contratou a empresa Dictum para gerir o hospital.

 

Ainda segundo a nota do Ministério Público, a PWX referenda as medidas que vem sendo adotadas pela Empresa Dictum, gestora do HSJD desde setembro de 2013.