Na ação, foram apreendidos 20 pássaros silvestres e 19 gaiolas, além da emissão, em multas de mais de R$240 mil

Três pessoas foram presas e mais de R$240 mil foram emitidos em multas durante a realização da Operação Proteção a Fauna, ocorrida entre segunda (23) e quarta-feira (25).

A ação, feita pelas Polícias Militares Ambientais de Formiga e Lagoa da Prata, teve o objetivo de reprimir infrações e crimes ambientais, referentes à fauna silvestre brasileira, inclusive a prática interestadual de tráfico de pássaros. 

Foram apreendidos 20 pássaros silvestres e 19 gaiolas, em Santo Antônio do Monte.

Investigação

De acordo com a PMMA, os policiais, após receberem denúncias, constataram que um homem, de 34 anos, movimentava um plantel de pássaros por registros de nomes da esposa, de 33 anos e da irmã, de 27 anos.

Os pássaros não foram encontrados, durante a fiscalização na casa das pessoas envolvidas. Os militares desconfiaram da fraude quando descobriram que os animais foram transferidos para uma mulher, de 30 anos e o plantel para fiscalização foi bloqueado. Os policiais voltaram para a casa a qual as buscas foram realizadas e encontraram a envolvida, que negou a criação das espécies, fato esse confirmado pela PM.

Apreensão

Após as buscas, a PMMA verificou que o ex-companheiro da mulher, de 36 anos, era o responsável em realizar as movimentações do plantel, no nome dela.

Os militares localizaram o homem, no quintal da casa dele, e encontraram as gaiolas, com os pássaros, que não possuíam anilhas de identificação. Em seguida, os policiais constataram que ele e a atual companheira, de 26 anos, não possuem registros de criação. 

Os dois foram detidos em flagrante por manutenção de pássaros sem registro, adulteração de anilhas e falsidade ideológica. Juntamente com o homem, de 34 anos, que também foi detido, ambos foram levados para a delegacia.

Fiscalização

Na ação, foram fiscalizados cinco locais que possuíam a manutenção de pássaros em cativeiro, duas propriedades rurais e dez veículos. A PMMA emitiu oito autos de infração, três termos de embargo, um de apreensão e depósito e quatro boletins de ocorrência.

Ainda de acordo com a PMMA, a posse irregular de animais silvestres configura crime ambiental e infração administrativa, passível de autuação, possuindo o valor mínimo de multa de R$1.077,96.

Nos casos citados a animais contidos nos anexos da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites), há o acréscimo de R$ 10.779,60, por animal.