Vítimas foram aliciadas por redes sociais e mantidas em condições degradantes de trabalho e liberdade restrita em Planura, no Triângulo Mineiro.
Em uma ação coordenada pela Polícia Federal (PF), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), dois estrangeiros resgatados de uma rede de tráfico de pessoas.
As vítimas, aliciadas por meio de falsas ofertas de trabalho, estavam sendo mantidas em condições análogas à escravidão na cidade de Planura, no Triângulo Mineiro, que tem 11 mil habitantes.
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A denúncia, recebida pelo Disque 100, indicava que uma das vítimas estava sendo mantida em cárcere privado.
Ela era obrigada a realizar tarefas domésticas e prestar serviços em um comércio local, sem receber qualquer pagamento.
Além disso, o MPT confirmou a presença de agressões físicas e verbais, isolamento social, confisco de documentos e restrição de liberdade. Também havia indícios de abusos psicológicos e sexuais, que, segundo investigações, aconteciam há anos.
Operação Novo Amanhã
De acordo com a Operação Novo Amanhã, os investigados usavam plataformas digitais para explorar pessoas em situação de vulnerabilidade.
Eles prometiam trabalho, moradia e acolhimento, mas, na realidade, apenas exploravam essas pessoas, principalmente membros da comunidade LGBTQIAPN+.
Em consequência dessa operação, três suspeitos presos em flagrante. Eles haviam submetido um uruguaio, homossexual, a condições degradantes de trabalho e restrição de liberdade.
O homem forçado a trabalhar por mais de oito anos sem qualquer pagamento, recebendo apenas moradia e alimentação.
O MPT encontrou marcas de agressões físicas e, além disso, identificou outros tipos de violência, como exploração sexual e extorsão.
As agressões confirmadas por testemunhas, e a equipe do MTE verificou que a vítima coagida a fazer uma tatuagem com as iniciais de seus patrões, como uma forma de marcar sua posse.
Uma semana depois, outra vítima identificada. Trata-se de uma mulher transexual, também uruguaia, que levada à mesma localidade por meio de falsas promessas. Ela inserida em um vínculo de trabalho doméstico informal. Durante o período em que esteve na casa dos empregadores, a mulher sofreu um acidente vascular cerebral.
Atualmente, as vítimas estão recebendo acolhimento nas Clínicas de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e do Centro Universitário Presidente Antônio Carlos (UNIPAC).
Lá, elas têm acesso a assistência médica, psicológica e jurídica, como parte do apoio necessário para sua recuperação.
Com informações Agencia Brasil