“O que foi feito deste dinheiro? Quem levou este dinheiro?”, indaga Ademir Silva; CPI ainda analisa documentos e depoimentos já colhidos
O vereador de Divinópolis (MG) – requerente da Comissão Parlamentar de Inquérito que apura gastos com a Secretaria Municipal de Educação, a CPI da Educação, Ademir Silva (MDB) revelou um novo orçamento que aponta indícios de superfaturamento das atas de registro de preços as quais a prefeitura aderiu.
Desta vez, a diferença chega a 650% entre o valor pago pelo município para compra do laboratório de matemática e o orçado em uma empresa de São Paulo.
“Pagaram R$ 49.096,70 em um laborário de matemática, conseguimos aqui, de uma empresa que vende para todas as prefeituras do Brasil, carimbada por ela, no valor de R$ 7,5 mil”, revelou.
O orçamento será anexado à CPI. Cada parlamentar membro da comissão ficou responsável em orçar com pelo menos três empresas. Entre as condicionantes esta ser estabelecimentos que atendam critérios para venda a órgãos públicos.
O orçamento também foi baseado nas notas fiscais das compras feitas pelo município para atender as mesmas descrições.
“É difícil mostrar para vocês o que foi feito com o dinheiro da educação em Divinópolis”, declarou Silva que também distribuiu questionamentos.
“Onde que está o dinheiro? O que foi feito deste dinheiro? Quem levou este dinheiro? Essa é a pergunta que fica e, se Deus quiser, na CPI vamos descobrir”.
Análise de documentos
Todas as oitivas foram suspensas até que a CPI analise os documentos obtidos, assim como os depoimentos já colhidos.
Para ajudar a averiguar os orçamentos, os membros aprovaram a inclusão da Comissão de Licitação da câmara.