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Projetos de qualificação e ações tem tentado ampliar a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo)

O mês de setembro é voltado para a visibilidade das pessoas com deficiência, e a sua importância

O Dia Nacional da Pessoa com Deficiência é comemorado em 21 de Setembro, apesar da pouca visibilidade é um assunto que requer visibilidade. Dessa forma, é necessário destacar a dificuldade de inserção desse grupo no mercado de trabalho e os preconceitos.

A reportagem do PORTAL GERAIS conversou com um dos funcionários da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Divinópolis.

Esta data representa a importância da discussão de políticas públicas que visam a inclusão e a participação plena dessas pessoas na sociedade. O dia, escolhido pela proximidade do início da primavera, então, simboliza a renovação e representação do florescer das reivindicações.

Nesse sentido, durante todo o mês, celebram-se as conquistas alcançadas. Além disso, reafirmam a necessidade de avanço para uma sociedade mais justa e solidária.

“O dia da luta da pessoa com deficiência é importante como marco reflexivo social de todo percurso que avançamos. E, também, que precisamos avançar com este público.”, ressaltou a psicóloga e coordenadora do serviço Centro Dia da Apae, Anna Laura Boari.

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Mercado de trabalho

De acordo com Anna Laura, há ainda dificuldades na inserção dos deficientes no mercado de trabalho. Isso por ser necessário adaptações para o acolhimento dessas pessoas. Além disso, ainda há outro desafio: driblar o preconceito.

“Entendemos que para além do desejo das pessoas com deficiência e suas famílias serem inseridas , a deficiência no preparo das empresas em recebê-los. É preciso olhar individualizado e acolhedor, o que muitas vezes não acontece por estarmos as voltas da produção exacerbada. Além disso, há ainda uma leitura do deficiente como alguém faltoso nas condições do fazer a atividade laboral,” destacou Anna Laura.

Nesse sentido, é necessário combater o preconceito para que a inclusão seja feita, é preciso disposição e conhecimento para compreender as demandas da pessoa com deficiência, uma vez que a inclusão se faz nas pequenas ações.

Ações

Em agosto, por exemplo, a 1ª Feira de Empregabilidade para Pessoas com Deficiência esteve entre as ações da Semana da Pessoa com Deficiência. Realizada pela Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços de Divinópolis (Acid), ela teve apoio do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência e da a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico.

A feira conectou empresas e candidatos, através do cadastro de currículos de Pessoas com Deficiência-PcD, que estavam em busca de vagas no mercado de trabalho.

Qualificação

Ao falar sobre o assunto na época da feira, a assistente social, Camila Vasconcelos destacou a importância das empresas também se prepararem para oferecerem funções que de adequem a realidade das pessoas com deficiência que buscam uma colocação no mercado.

Ela é responsável pela execução do Projeto Qualifica do Instituto Helena Antipoff, que trabalha a qualificação profissional e inserção no mercado de trabalho de adultos com deficiência intelectual ou com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

“A empresa, sempre que possível, deve verificar a possibilidade de desmembrar as funções de forma a adequar o cargo às peculiaridades dos candidatos, conforme prevê o artigo 36, alínea “d”, da Recomendação nº 168 da OIT. Considerando que esse candidato possa ser portador de uma ou mais deficiências sendo elas: deficiência física, deficiência intelectual, deficiência visual e deficiência auditiva”, explicou a profissional.