Ossada encontrada em Mateus Leme é de criança desaparecida há 10 anos
Ossada encontrada em Mateus Leme é de criança desaparecida há 10 anos (Foto: Reprodução PCMG)

O menino, de 12 anos, estava desaparecido desde 2013; Polícia Civil identificou ossada encontrada em Mateus Leme.

A Polícia Civil de Minas Gerais conclui o inquérito de desaparecimento do menino de 12 anos, desaparecido há 10 anos, em Itaúna. Contudo, a polícia desvendou o caso após cruzar dados com os de uma ossada encontrada em 2016 em Mateus Leme. Morto com um tiro na cabeça, a motivação seria o furto de uma moto.

A polícia indiciou duas pessoas, de 33 e 36 anos, por homicídio qualificado e tortura, dentre elas, uma mulher mandante do crime.

A Delegacia de Polícia Civil, em Itaúna, começou com o inquérito para apurar todos os acontecimentos logo após o desaparecimento. Como resultado, chegou-se a conclusão, então, de que o garoto teria sido vítima de homicídio.

Entretanto, o corpo não tinha sido localizado.

O motivo do homicídio estaria relacionado ao furto de uma motocicleta de um dos suspeitos.

Investigação

Após uma investigação minuciosa, a equipe de investigação da PCMG, obteve, então, novos elementos que levaram à resolução do caso.

Nesse sentido, a investigação revelou registros de uma ocorrência policial de 21 de julho de 2016. Na época, a polícia encontrou uma ossada humana em Mateus Leme – cidade vizinha. Além disso, as características eram compatíveis com as informações fornecidas pela mãe do adolescente desaparecido. Também havia marca de tiro no crânio.

A investigação contou com o auxílio de um sistema de cruzamento de dados da PCMG. Desta forma, permitiu a análise detalhada dos elementos.

Diante disso, com o laudo pericial do local, a polícia identificou semelhanças entre a ossada e o adolescente desaparecido. Como resultado, conduziu novas diligências, assim como, depoimentos atualizados da mãe da vítima.

Com isso, a quipe do Posto-Médico Legal em Divinópolis realizou a coleta de material de DNA dos pais da vítima e os encaminhou para o Instituto de Criminalística da PCMG, em Belo Horizonte, onde foram submetidos a análises. Os resultados confirmaram que se tratava do menino.

Conclusão do inquérito

Após a conclusão da investigação, a equipe relatou o inquérito, indicando a mandante do crime e um comparsa por homicídio. O Ministério Público apresentou denúncias contra os envolvidos à Justiça.

“Através do exame de DNA foi possivel a identificação do corpo. Paralelamente, houve outros trabalhos de campos realizados e a Polícia Civil conseguiu determinar a autoria. Basicamente, se resumiu a uma ação de uma mulher envolvida no mundo do crime, praticas de delitos patrimoniais e trático de drogas”, explica o delegado.

Essa mulher, segundo o delegado, teve uma moto furtada pelo menino em 2013. Ela atraiu Douglas para uma região proxima de Itaúna. Lá, então, o suspeito matou o menino com um tiro na cabeça.

A delegada Luciene Flávia enfatizou a importância do trabalho da Polícia Civil, que, após 10 anos, proporcionou à família uma resposta ao paradeiro do menino. Ela destacou que esse caso demonstra que, independente do tempo decorrido, a PCMG está empenhada em resolver todos os procedimentos de maneira adequada e minuciosa.