Flávio Roscoe Nogueira esteve em Divinópolis e analisa futuro do ramo com otimismo, crescimento de confiança e geração de empregos
O presidente geral da Federação das Indústrias do Estado Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe Nogueira, esteve em Divinópolis, durante esta quarta-feira (21), para participar do III Seminário da Construção Civil do Centro-Oeste de Minas. O evento reúne especialistas, empresários e profissionais da cadeia para apresentar experiências bem-sucedidas no setor.
Ao PORTAL, Flávio conversou sobre a atual situação econômica do estado de Minas Gerais. Mesmo com o atual âmbito econômico em Minas, Flávio vê um cenário de melhoras no ambiente, após a disputa das eleições.
“Já temos taxas de juros mais baixas, entendemos que há uma probabilidade muito grande de uma recuperação rápida da economia, agora que o nível da confiança vai retomando para os empresários. Então, atualmente, acreditamos que é um momento positivo. O pior ficou para trás e que os negócios irão retomar, a capacidade de geração de empregos vai ser ampliada e estamos muito otimistas para os próximos meses”, disse o presidente da Fiemg ao PORTAL.
Centro-Oeste
Flávio também analisa o futuro das indústrias no Centro-Oeste Mineiro com otimismo. De acordo com ele, são vistos aumento de confiança e possibilidade de crescimento, tanto no polo calçadista, como no de confecção, além da recuperação em outros setores da região.
“A construção civil bebe nisso e retroalimenta essa roda. Ela entra depois, mas mantém o ciclo de positividade do segmento. O que importa é que o nível de confiança das pessoas e dos empresários já aumentou um salto enorme de setembro para outubro. Isso mostra uma maior expansão de investir e quer dizer que a geração de empregos está assegurada para os próximos meses”, afirmou.
Crise no Estado
De acordo com a Associação Mineira de Municípios (AMM), o Estado deixou de repassar, até o momento, cerca de R$ 10 bilhões às cidades de Minas. Somente em Divinópolis, a dívida é de R$ 97 milhões e no município, foi decretada situação de calamidade financeira, tendo sido nomeado um gabinete de crise na Prefeitura, para a contenção de gastos.
Com uma nova gestão eleita para os próximos quatro anos, Flávio acredita que a expectativa é positiva e crê que mudanças são necessárias para a retomada do crescimento no âmbito industrial.
“A situação do Governo do Estado é muito mais sensível, está muito endividado, com problemas de caixa, sem ter como arcar com os compromissos, mas a expectativa é muito boa, pois um empresário vai assumir e esperamos que tome as medidas que precisam ser tomadas, são duras, esperamos que a população compreenda, porque sem isso, iremos ter um colapso do Estado. Feito este ajuste na casa, as mudanças necessárias (…) entendemos que Minas Gerais pode seguir adiante, mas o maior impacto vai se dar no cenário nacional, que é mais positivo (…) Isso pode demorar um pouco a surgir, mas com certeza vai ter impacto ainda no curto prazo, mas os grandes frutos vamos colher ao médio e longo prazo”. finalizou.