Helena nasceu em Divinópolis e foi diagnosticada com SCID, uma doença raríssima detectada no teste do pezinho ampliado
A luta por justiça para Helena, uma menina nascida de Divinópolis, Região Centro-Oeste de Minas diagnosticada com Imunodeficiência Combinada Grave (SCID), uma doença raríssima, levantou um debate sobre a responsabilidade das operadoras de saúde. A Unimed negou a cobertura necessária para viabilizar o transplante de medula óssea para a bebê.
A imunodeficiência combinada grave é uma imunodeficiência primária que resulta em baixos níveis de anticorpos (imunoglobulinas) e um número baixo ou ausente de células T (linfócitos).
A família da menina, e o secretário-Chefe da Casa Civil de Minas, Marcelo Aro, denunciam a Unimed de Belo Horizonte por ter negado o custeio necessário do transplante de medula óssea, procedimento vital para salvar a vida da bebê.
“Eu vou até o final. Vocês têm que ter coração. Essa menina não vai morrer enquanto eu puder lutar pelos doentes!”, afirmou Marcelo Aro.
Em vídeo publicado nas redes sociais, ele destacou que o procedimento foi indicado pelo Hospital das Clínicas de Minas Gerais e deve ser realizado no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, referência nacional em transplantes pediátricos.
Os pais de Helena relataram que, após o diagnóstico no teste do pezinho ampliado, aprovado recentemente em Minas Gerais, esperavam agilidade no tratamento.
“Os pais entram com o pedido na Unimed, mas eles negaram. É desesperador saber que a vida da filha deles está sendo colocada em risco por uma decisão burocrática”, ressaltou Aro.
A negativa seguiu com retaliações. Conforme Marcelo Aro, a Unimed BH começou a negar além do transplante, exames considerados mais simples.
“Além de negar o transplante, começaram a dificultar exames simples. Isso é desumano! Não vamos aceitar. Já estamos acionando a Defensoria Pública e a Agência Nacional de Saúde”, disse Marcelo Aro.
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Denuncia na ANS
Em outro vídeo publicado na redes sociais Marcelo Aro aparece, então, na Agência Nacional de Saúde onde protocolou uma denuncia contra a Unimed BH e afirmou não ter medo,
“Eu não tenho medo de vocês, Unimed. Eu não tenho rabo preso. Sabe onde eu estou? Na Agência Nacional de Saúde. Vim aqui denunciar a Unimed”, declarou.
Helena precisa urgentemente de um transplante de órgão, procedimento realizado no Hospital de Curitiba. No entanto, a operadora de saúde teria negado a autorização necessária, colocando em risco a vida da bebê.
“A partir de hoje, a Unimed vai ter que responder. Sabe por quê? Porque ela está negando o direito da Helena, uma recém-nascida, de viver”, afirmou o Aro.
Por fim, Marcelo Aro prometeu lutar com todas as forças para reverter a decisão da Unimed.
“Eu vou em todos os órgãos, em cada juiz, mas isso não vai ficar assim para ver se a Unimed muda a decisão e dá à Helena a chance de viver.”
Decisão judicial
A Justiça por meio de uma decisão judicial, na tarde desta quinta-feira (05/12), determinou que a Unimed providencie, no prazo de 72 horas a cobertura total integral do transplante de medula óssea da Helena, no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba/PR.
Unimed de Belo Horizonte
Em nota, a Unimed esclareceu a situação envolvendo uma paciente que necessitava de um procedimento específico.
Segundo a Unimed-BH, o procedimento indicado possui cobertura contratual e regulatória, sendo realizado dentro da área de abrangência em Minas Gerais.
“O referido procedimento é realizado pela Rede Hospitalar e equipe médica de Belo Horizonte”, informou.
A empresa também afirmou ter entrado em contato com a família da paciente, que concordou com a realização do procedimento em uma unidade localizada na região.
“A paciente já se encontra na unidade assistencial e está recebendo todos os cuidados necessários”, acrescentou a nota.
Além disso, a Unimed-BH reafirmou seu propósito de oferecer um atendimento humanizado, ético e eficiente.
“Seguimos à disposição para oferecer todo o suporte e a melhor assistência ao longo de todo o processo”, finalizou



