Ana Amélia Vieira
“O que faz você feliz? Você feliz o que é que faz? Você faz o que te faz feliz? O que faz você feliz, você que faz. Pra ser feliz. Pra ser feliz. O que você faz pra ser feliz?” Com essas palavras, na música “O que você faz pra ser feliz?’ Clarice Falcão conseguiu descrever o meu principal pensamento nesse texto. Você mesmo consegue fazer sua própria felicidade e ela está onde você nem imagina.
O gol do seu time do coração. Um sorvete em uma tarde quente de domingo. Um chocolate depois de um dia estressante. Uma conversa com sua melhor amiga. Um beijo apaixonado. Um colo de mãe. Um pôr do sol na praia, ou na montanha. Um ipê florido. Ler um bom livro. Ouvir uma boa música. Quem nunca se sentiu feliz com essas pequenas coisas? Coisas simples, mas que fazem um bem enorme. Melhora o nosso humor e facilita nossa convivência na sociedade.
A nossa vida é marcada por esses momentos, que nos mostram que para ser feliz, não é necessário grandes coisas e bens materiais. A felicidade se encontra nas coisas mais simples da vida. Clichê? Sim! Mas é a pura verdade.
O ser humano tem a péssima mania de achar que sua vida é horrível por causa de coisas bobas, como o término de um namoro, ou por uma briga com uma pessoa qualquer. Mas, não é. Sua vida deve ser melhor do que de muitas outras pessoas. Pense comigo: há no Brasil um número significante de pessoas que chegam em suas casas e não possuem o que comer, que muitas das vezes não possuem nem mesmo uma casa. E você ainda diz que sua vida é ruim?
Pense nos sonhos, nas conquistas, nas imaginações. Elas contribuem e muito para essas alegrias. Sempre fui uma criança com uma imaginação extremamente fértil e tive a sorte de ter pais que me apoiaram e só me ajudaram a crescer cada vez mais. Lembro que quando se aproximava a época do Natal, eu esperava ansiosamente a chegada do Papai Noel. Como eu nunca morei em uma casa com lareira e chaminé (o que sempre me deixava frustrada), precisava arrumar outra teoria para explicar como o bom velhinho entrava em minha casa.
Foi aí que eu me lembrei da Sininho e do Peter Pan, com seu ‘pó de pir-lim-pim-pim’ e cheguei à conclusão de que Papai Noel usava a mesma tática para ficar pequenininho e passar por baixo da porta. E não tinha felicidade maior para mim do que chegar da casa de minha avó, após a ceia, e ver o presente embaixo da árvore de natal. Acontecia a mesma coisa na Páscoa. Dessa vez, com nosso amado Coelhinho da Páscoa. Meus pais faziam as pegadinhas do coelhinho que me levavam até o ovo. Quando o encontrava me sentia extremamente feliz.
É dessa felicidade que estou falando. O simples prazer de viver intensamente, sem medo de demonstrar seus gostos ou suas opiniões. Sei que nem sempre é fácil, mas essa felicidade compensa cada esforço, cada choro e cada desilusão.
Agora, posso lhe dar um conselho? Pais: apoiem seus filhos em suas decisões. Os ajudem a crescer e desenvolver seus talentos, sejam eles quais forem. Amigos jovens: vivam suas vidas, aproveitem seu tempo, porque (posso falar isso com certeza) ser adolescente é poder viver. É poder aprender. É ter o desejo de tentar revolucionar o mundo. E principalmente ser feliz. Tendo uma visão ampla de nossas vidas e vendo que tudo é possível. Por isso tente procurar fazer o que você gosta, sem se importar com a opinião alheia. É você quem sabe o que é melhor para você. Não seja uma ‘maria-vai-com-as-outras’ apenas para seguir uma modinha ou se infiltrar em alguma ‘panelinha’, as pessoas têm que te aceitar do jeito que você é. Perceba as verdadeiras belezas da vida. Cultive sentimentos bons. E lembrem-se: “A felicidade mora em todo lugar. Basta que a gente permita que ela nos faça companhia.” – Paula Pimenta.