Amanda Quintiliano

 

A droga foi encontrada em Afonso Cláudio no Espírito Santo (Foto: A Gazeta/Espírito Santo)

A droga foi encontrada em Afonso Cláudio no Espírito Santo (Foto: A Gazeta/Espírito Santo)

A perícia feita no GPS do helicóptero do filho do senador Zezé Perrella, o deputado estadual Gustavo Perrella, confirma que a aeronave posou em Divinópolis para abastecimento. Os laudos iniciais também revelam que o carregamento de 445 quilos de pasta base de cocaína ocorreu no Paraguai e não em Avaré (SP) como relatado pelo piloto Rogério Almeida em depoimento.

 

Por meio de nota, a Polícia Federal no Espírito Santo disse que a origem da droga e o trajeto do helicóptero estão sendo apurados. Dados preliminares obtidos na reinquirição dos presos, e decorrentes de algumas das perícias já realizadas, indicam que após o carregamento no país vizinho, o helicóptero passou pelos Estados de Paraná, São Paulo e Minas Gerais antes de chegar ao Espírito Santo.

 

Ao PORTAL, o delegado responsável pelo caso, Leonardo Damasceno, confirmou que Divinópolis fez parte da rota até chegar a Afonso Cláudio, região serrana do Espírito Santo. Na cidade, o abastecimento foi no Aeroporto Brigadeiro Cabral.

 

Participação

 

Por meio da nota, a Polícia Federal ainda disse que a partir das provas periciais já produzidas e dos depoimentos colhidos, não ficou configurado, até o presente momento, qualquer indícios de envolvimento da empresa proprietária do helicóptero utilizado para o transporte da droga, nem de seus representantes legais. A empresa Limeira Agropecuária e Participações Ltda tem como um dos sócios o deputado estadual Gustavo Perrella.

 

“O que os laudos e as investigações mostraram, é que se tratou de um envolvimento isolado do piloto da empresa com o outro piloto preso, que é quem teria vinculação com os donos da droga”, consta na nota.

 

Também não foi identificada relação do piloto ou da empresa proprietária da aeronave com a fazenda onde a droga seria descarregada.

 

Quanto ao combustível usado pelo helicóptero, as investigações apontam que foi custeado pelo grupo criminoso em aeroportos ou pontos clandestinos. Por meio da nota, ainda foi informado que não cabe à Polícia Federal tratar sobre eventual irregularidade no custeio pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A investigação neste caso caberá ao Ministério Público de Minas Gerais.

 

Tráfico

 

Com a definição de que se trata de tráfico internacional, a investigação segue atualmente perante a Justiça Federal no Estado do Espírito Santo, com o acompanhamento do Ministério Público Federal. O delegado tem até o dia 24 deste mês para concluir o relatório.