Bancos devolveram ao INSS quase R$ 8 bi em benefícios não sacados
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Foram cumpridos 17 mandados de prisão e 29 de busca em Minas Gerais, além de sete outros estados e no Distrito Federal.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (26/09), a Operação Mercado de Dados, voltada ao combate de uma organização criminosa envolvida no roubo e venda de dados de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Foram cumpridos 17 mandados de prisão preventiva e 29 de busca e apreensão em oito estados e no Distrito Federal.

Conduta fraudulenta

De acordo com a PF, a quadrilha, composta por hackers, invadia o banco de dados do INSS e comercializava informações dos segurados para terceiros, que as utilizavam de forma fraudulenta. Entre as principais práticas criminosas estavam a contratação indevida de empréstimos consignados e saques irregulares de benefícios previdenciários.

Investigações

As investigações apontam que a ação dos hackers contava com o apoio de servidores do próprio INSS, que forneciam suas credenciais de acesso em troca de pagamento. Três servidores e um estagiário do órgão foram identificados e também são alvo da operação.

Estados

Os mandados foram executados em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Pará, Goiás, Paraná, Bahia e no Distrito Federal. Os envolvidos poderão responder por crimes como organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos informáticos, violação de sigilo funcional, obtenção e comercialização de dados sigilosos e lavagem de dinheiro.

Determinação

Além das prisões e apreensões, a Justiça determinou o sequestro de 24 imóveis pertencentes aos integrantes da quadrilha e o bloqueio de contas bancárias, com saldo total de até R$ 34 milhões. A medida foi expedida pela 4ª Vara Criminal Federal de Cascavel, no Paraná.

*Com informações da Agência Brasil