Vinícius Luz

 

O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol-MG) aguarda apenas a sanção pelo governador Antonio Anastasia da lei orgânica que regulariza a instituição para marcar nova assembleia que pode por fim à greve. O acampamento que estava na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) foi desfeito nesta terça-feira (29) e será votada, entre as categorias, se o movimento continuará após aprovação da lei que era a principal reivindicação da classe.

 

De acordo com o representante regional do Sindpol-MG, Experidião Porto, na reunião feita ontem pelo sindicato foi determinado que uma assembleia geral será marcada para cinco dias depois da sanção ou veto do governador para decidir se a greve continua. A previsão é de que o texto será aprovado na íntegra.

 

“Caso o texto seja aprovado na íntegra, o sindicato trabalhará pelo fim da greve. Ele tem quinze dias para sancionar ou vetar desde o dia da aprovação, então acreditamos que em breve teremos a resposta”, afirma.

 

Lei Orgânica

 

A greve da Polícia Civil já dura 141 dias. Iniciada em 10 de junho deste ano os policiais, peritos, escrivães e delegados, reivindicavam a votação na ALMG do texto da Lei Orgânica que regulariza e melhora as condições de trabalho dos servidores da instituição. De acordo com o representante regional, na última quarta-feira (23) foi aprovado em dois turnos o texto enviado para a discussão. Porém, 27 emendas propostas pelos policiais foram vetadas e apenas o texto original foi aprovado.

 

Ainda de acordo com o representante regional cerca de 70% das reivindicações foram aprovadas. “Todas as emendas teriam impacto financeiro segundo o governo e por isso foram vetadas, mesmo assim o texto foi aprovado e era o que esperávamos” completa.

 

O texto também previa realização de concursos, diminuição do tempo de promoção, entre outras melhorias. Durante o período da greve foram feitos protestos em Belo horizonte e montado um acampamento dentro das dependências da ALMG. As vistorias e emissões de documentos de identidade estão prejudicadas em todo Estado. Apenas 30% dos atendimentos foram mantidos.