A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu em flagrante, nessa terça-feira (7), Carlos Roberto de Oliveira, de 34 anos, por falsificação de documentos e por manter em sua residência material para falsificação de documentos. Ele é suspeito de integrar, juntamente com Thiago Dutra D’ângelo, 28 anos, preso preventivamente no dia 19 de dezembro do ano passado, de um esquema de venda de diplomas em sites e pelo Facebook. Detalhes foram repassados nesta quarta-feira (08) em coletiva de imprensa.
As investigações tiveram início, em agosto de 2016, a partir de denúncia sobre suposta venda de diplomas de todos os níveis de escolaridade em sites e Facebook, por intermédio de perfis ativos com os nomes “Thiago Diplomas”, “Diploma Rápido”, “Diploma Certo Bh”, “Escola Supletivo”, “Diplomas e Certificados”, “Rei dos Diplomas” e “Educacional Diplomas”.
Thiago fazia a negociação dos diplomas através de telefone e aplicativos de mensagens e ainda criou vários sites para a venda dos documentos. Os diplomas de nível superior eram vendidos por R$ 2 mil, os de nível técnico por R$800 e de nível médio, por R$ 600.
“Os suspeitos usavam, ainda, de forma indevida, marca de conhecidas instituições de ensino para dar credibilidade ao negócio”, destacou a delegada responsável pelo inquérito, Renata Fagundes.
Em cumprimento a mandado de busca e apreensão na residência de Thiago, foram encontrados cadernos e lista com nomes de clientes e contabilidade.
Já na casa de Carlos, a polícia encontrou vários diplomas, históricos escolares e declarações de escolaridade em nome de terceiros, que seriam os documentos falsificados a serem entregues. Além disso, foram apreendidos carimbos que certificariam de forma falsa os documentos e comprovantes de depósitos bancários e cadernetas com os nomes dos clientes.
O chefe do Departamento Estadual de Investigação de Fraudes, Márcio Lobato, ainda ressalta que ao combater esse esquema a Polícia Civil impede que essas pessoas com falsos diplomas em técnico de enfermagem, ortodontia, educação física entre outros diversos.
“Podemos ter pessoas trabalhando em setores sem nenhuma qualificação, representando uma ameaça à saúde e a segurança dos cidadãos”, ressalta o delegado.
Os suspeitos podem responder podem responder por falsificação de documentos públicos, pena de 2 a 6 anos e Carlos pode responder, ainda, por petrechos de falsificação, com pena de 1 a 3 anos.
As investigações continuam para identificar as pessoas que teriam comprado os documentos e se elas fazem o uso dos mesmos. Elas podem responder por uso de documento falso, com reclusão de dois a seis anos e mult