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Laudos médicos psiquiatras eram apresentados para induiz peritos ao erro e liberar benefícios

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (9/8), a Operação Insanidade, em conjunto com a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista CGINT. Foram cumpridos, no município mineiro de Santana do Paraíso, quatro mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juízo da 11a. Vara Federal em MG.

Descobriu-se que o grupo criminoso utilizava despachantes para recrutar pessoas com o fito de requerer benefícios previdenciários de amparo à pessoa portadora de deficiência.

Esses benefícios eram embasados em laudos de incapacidade mental concedidos por médicos psiquiatras, com o objetivo de induzir a erro os médicos peritos do INSS.

Em algumas fraudes, pode-se identificar que essas pessoas continuavam a trabalhar e a viver sem restrições, mesmo após a concessão dos benefícios previdenciários indevidos.

O prejuízo sofrido pela União com o esquema ilícito foi de mais de R$ 5 milhões, e o que foi evitado ultrapassa os R$ 34 milhões.

O trabalho de investigação, feito a partir da identificação dos benefícios fraudados, possibilitou a identificação de outros integrantes do grupo criminoso, os quais serão autuados pela prática dos crimes de estelionato qualificado e organização criminosa, cujas penas de reclusão podem chegar a 14 anos.

Operação

O nome da operação faz uma alusão àquilo que é insensato ou insano. Essa é a forma de agir dos criminosos, pois os requerentes alegam perante a autarquia federal que possuem distúrbios mentais incapacitantes para o trabalho.