Operação em Nova Serrana desarticula quadrilha e apreende bens de luxo ligados a crimes financeiros
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha de agiotagem que movimentou mais de R$ 32 milhões em contas bancárias em Nova Serrana. A Operação Crédito Sombrio, deflagrada nesta quinta-feira (5/6), ocorreu também em outras cidades do Centro-Oeste mineiro. Além das prisões, a Justiça determinou o bloqueio de 103 contas e o sequestro de 13 imóveis.
Durante a operação, que contou com 26 policiais civis, a PCMG cumpriu sete mandados de prisão e realizou duas prisões em flagrante. As ações se estenderam por Divinópolis, São Gonçalo do Pará e Bom Despacho. No total, os agentes apreenderam R$ 21.301,15 em dinheiro, 43 celulares, 18 relógios de luxo, uma arma de fogo, quatro computadores, 34 cartões bancários, além de cheques que somam R$ 250.909. Os policiais também recolheram veículos, uma moto aquática, uma carretinha, joias e documentos.
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Furto levanta suspeita de agiotagem
As investigações começaram em 28 de dezembro de 2023, após o furto a um comércio na cidade alvo da operação Crédito Sombrio. No local, conforme a Polícia Civil, os policiais encontraram cartões de uma financeira e anotações com cobranças diárias. Isso, então, levantou suspeitas de agiotagem em Nova Serrana. A partir disso, os investigadores aprofundaram o caso e descobriram uma sofisticada estrutura criminosa.
Com a quebra de sigilo bancário autorizada pela Justiça, a PCMG identificou movimentações financeiras suspeitas no valor de R$ 32.834.640,32. Conforme a polícia, distribuídas entre contas de oito investigados e de pessoas usadas como “laranjas”. Todas essas contas foram bloqueadas. Já os 13 imóveis sequestrados ficam em São Gonçalo do Pará, a cerca de 26 quilômetros de Nova Serrana.
Apesar do impacto da operação, um dos alvos segue foragido. A PCMG continua com as diligências para localizar o suspeito, além disso, aprofundar a investigação contra o esquema de agiotagem que atuava na região.