João Victor Silva

O policial militar suspeito de balear um jovem, de 22 anos, na Praça São Sebastião, no bairro Afonso Pena, em Divinópolis, se apresentou nesta segunda-feira (11). O crime aconteceu na madrugada deste domingo (10).

Na presença de um advogado, o militar alegou que atirou contra o rapaz por legítima defesa.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Vivalde Levilesse Ferreira, o policial declarou que por volta das 04h30, ouviu uma discussão na praça em frente ao prédio em que mora. Ao ir verificar o que estava acontecendo, se deparou com um jovem de capacete e moto estacionada, que estava supostamente cometendo um assalto.

Da janela do apartamento dele, o militar teria se identificado e pedido que o infrator cessasse a ação. No entanto, ele alega que o jovem de capacete cometeu um movimento inesperado, que poderia ser a tentativa de atirar contra o policial. Nestas circunstâncias, o militar atirou contra o jovem, que foi atingido na cabeça e em um dos joelhos.

Por ter alegado legítima defesa e não estar em flagrante, o policial foi liberado após ser ouvido.

Além do policial, a esposa da vítima também foi ouvida. Ela disse ao delegado que eles possuem uma lanchonete, e que teria ido embora mais cedo no dia do ocorrido. Segundo Levilesse, o depoimento dela, por ela não ter presenciado, não acrescentou muito para as investigações. Não foram divulgados detalhes.

O delegado também contou que estão aguardando o laudo pericial para ter mais informações sobre o caso.

“Este laudo é de extrema importância para conseguirmos continuar as investigações”.

Duas oitivas acontecerão na delegacia na tarde de hoje, às 15h30 e 16h, para que mais testemunhas sejam ouvidas. Outras oitivas irão ocorrer no decorrer da semana.

A investigação possui um prazo de 30 dias para ser concluída, podendo ser prorrogada posteriormente, de acordo com Levilesse.

Esposa

Em entrevista ao MGTV primeira edição, a esposa da vítima, Polyana Stefane disse que o marido tem o hábito de passar na praça para encontrar amigos. Relatou ainda que familiares do policial entraram em contato com ela dizendo que ele estava com depressão.

A esposa contou ainda que testemunhas relataram que quando ele parou de moto veio “gente para assaltar, ele reagiu e tentou fugir na motocicleta quando foi atingido pelos tiros”.

PM

De acordo com a Polícia Militar o policial foi  acolhido no Programa de Acompanhamento e Apoio aos Militares (Pró-Apoio).