Ponto biométrico facial gera transtornos em escolas de Divinópolis, denuncia sindicato

Política
Por -04/07/2025, às 16H51julho 4th, 2025
presidente do sintemd rodrigo rodrigues
Foto: TV Câmara

Segundo presidente do Sintemd, o sistema tem causado filas , atrapalhado o início das aulas e gerado insegurança entre os profissionais da educação.

O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Municipal de Divinópolis (Sintemd) Rodrigo Rodrigues denunciou, nesta quinta-feira (3/7), dificuldades enfrentadas nas escolas municipais devido às últimas mudanças administrativas implementadas pela Prefeitura. O principal ponto é em relação a implantação do ponto facial biométrico nas escolas municipais.

Rodrigues usou a Tribuna Livre da Câmara. Embora o sindicato reconheça a importância do controle de presença, conforme o presidente, a forma como a medida está sendo aplicada tem causado transtornos. Isso, tanto para professores quanto para os alunos.

“Não somos contra o ponto biométrico, mas sim contra a forma ineficiente como está sendo exigido. Estão enfrentando filas enormes para registrar a entrada e a saída, o que compromete o tempo de aula e rotina pedagógica” afirmou.

Outro problema apontado é a lentidão e falta de confirmação no sistema após o registro do ponto, o que tem gerado angústia entre os educadores.

“O profissional não tem retorno imediato se houve a computação do ponto, e isso atrapalha muito a dinâmica das escolas”.

Ponto biométrico facial e outros gargalos em escolas

O representante ainda destacou incertezas em torno de novos procedimentos administrativos em creches, como liberação para exames e consultas médicas. Conforme ele, antes estas questões eram resolvidas com mais facilidade.

Ele também criticou a exigência de novo período probatório para servidores já efetivados nomeados em outros cargos. Além disso, o governo está desconsiderando o tempo de serviço acumulado na carteira.

Para resolver os impasses , o sindicato propôs a criação de uma comissão da Câmara de Vereadores, especialmente da Comissão de Educação, para visitar as escolas , ouvir os profissionais encaminhar as demandas diretamente a Secretaria Municipal de Educação.

“Queremos diálogo e consenso . A realidade da escola é diferente da realidade administrativa da Prefeitura” concluiu o sindicalista.

Rodrigo disse que já tentou diálogo com a Secretaria Municipal de Administração responsável pela condução dos problemas relatados, como a implantação do sistema de biometria facial, atestados médicos e também relacionados ao concurso público. Contudo, não conseguiu abertura para construirem uma solução.

Por Brenda Fernandes