Amanda Quintiliano
Os servidores municipais foram surpreendidos, na reta final da reunião da câmara, desta quinta-feira (20), com o pedido de inclusão do projeto EM-056, conhecido também como extinção de cargos. A manobra apoiada por nove vereadores foi em vão. Apesar dos parlamentares terem assinado o pedido de inclusão, dois deles não estavam em plenário.
Para conseguir incluir a matéria, seriam necessários, no mínimo, nove votos e eles conseguiram apenas seis. José Wilson Piriquito (PSD) foi embora mais cedo e o outro se ausentou. A diretoria do legislativo não souber confirmar quais dos ausentes assinou a inclusão. Já o terceiro é o próprio presidente, Rodrigo Kaboja (PSL). Apesar de ele ter assinado, ele só vota em plenário em caso de empate.
Dos presentes, apenas cinco foram contra: Anderson Saleme (PR), Adair Otaviano (PMDB), Hilton de Aguiar (PMDB), Edimilson Andrade (PT) e Delano Santiago (PRTB).
Carta
O PMDB encaminhou ofício determinando a presença dos vereadores do partido em plenário para votarem contrários. A carta foi lida por Adair.
“Nesta carta o partido diz para os representantes do PMDB estarem em plenário para essa votação, não se ausentando ou se abstendo a votação. O PMDB não concorda com a extinção do cargo de auxiliar de serviços do quadro de funcionalismo da prefeitura”, disse Adair.
Surpresa
A surpresa dos servidores presentes ficou com o apoio de Marcos Vinícius (PSC) a inclusão do projeto. Ele compõe o “bloco independente” e chegou a declarar que votaria contra a proposta até todas as dúvidas da categoria serem esclarecidas. Para tentar se explicar, Marcos Vinícius alegou que a inclusão não significa a votação ou aprovação da matéria.
“A inclusão não traz a obrigatoriedade de votar o projeto. A inclusão é uma ferramenta regimental que permite a discussão do projeto em plenário. Tanto é assim que podemos votar pela inclusão, ouvindo as várias opiniões, e pode ser que se peça vista, sobrestamento, no decorrer da discussão”, justificou.
O vereador ainda disse que aguarda parecer jurídico da procuradoria do município para sanar dúvidas quanto ao impacto das extinções na previdência.
“Estamos aguardando alguns pareceres da Prefeitura, dentre eles um contraponto ao parecer jurídico que foi apresentado pelos sindicalistas, com a participação de uma federação que representa os sindicatos municipais de várias cidades, esse parecer foi remetido ao procurador do município para que tenha condições de fazer uma análise no ponto de vista da prefeitura”, completou.